19 de dezembro de 2009

Importância da Água em Saúde Pública

Por Fernando Costa Silva

Nenhuma forma de vida, animal ou vegetal, é possível sem água, razão porque esta é considerada um recurso de primeira necessidade. Sendo verdade que as primeiras comunidades humanas da história se organizavam para viver nas proximidades dos cursos de água, também não existem dúvidas que a água continua a constituir um dos factores mais importantes para o progresso das sociedades contemporâneas. Nenhuma comunidade pode viver ou evoluir sem um abastecimento adequado de água, que permita aos seus habitantes viver de modo saudável e confortável, e que contribua para o desenvolvimento da sua economia.

Esta noção de evolução não pode ser concebida sem, simultaneamente, se considerar a sua salubridade. Além do abastecimento em quantidade suficiente, é requisito essencial que a água seja saudável e pura, uma vez que também é o veículo mais comum e importante na transmissão/veiculação de doenças. Assim, a salubridade da água deve ser considerada uma das principais preocupações dos cidadãos e técnicos de saúde, tendo em vista a salvaguarda da saúde pública.

Ciclo da Água

A água existe na natureza em três estados (líquido, sólido e gasoso) e percorre um "ciclo eterno contínuo". A evaporação lenta e incessante a partir dos rios, lagos e mares, origina a formação de nuvens na atmosfera superior que, por condensação, se transforma em chuva. Uma parte da água da chuva atinge a superfície terrestre e aumenta o caudal dos cursos de água e dos lagos, ficando sujeita à (a) evaporação e (b) infiltração no solo. A água infiltrada é parcialmente absorvida pela vegetação, que alimenta antes de ser rejeitada para a atmosfera. A restante parte acumula-se no solo e pode formar lençóis subterrâneos que, ao emergirem, dão origem a fontes/nascentes de vários tipos. Na natureza é possível encontrar água nas seguintes formas: (a) subterrânea, (b) doce superficial, corrente e parada, (c) marítima, (d) estuaria e (e) vapor atmosférico.

Aspectos Sanitários

A água pura não existe no estado natural. A água da chuva ao cair, engloba na sua constituição diversos tipos de poeiras, oxigénio e gás carbónico, podendo mesmo absorver os fumos que existem geralmente nas zonas urbanas e suburbanas. Atingindo a superfície do solo, a água fica exposta a diferentes formas de poluição e contaminação, nomeadamente por dejectos humanos e de outros animais, absorve o gás carbónico e produtos resultantes da decomposição da matéria orgânica, e incorpora uma grande variedade de partículas em suspensão nos cursos de água. A água subterrânea também não está isenta de impurezas, apesar da capacidade filtrante do solo, que retém sempre alguma quantidade de matérias poluentes, podendo ainda dissolver uma grande variedade de compostos químicos existentes nos solos/terrenos que atravessa. Em resumo, as impurezas mais frequentes na água são:

gases, como óxido de carbono, azoto, metano e anidrido sulfúrico;
sais minerais, como derivados de cálcio, magnésio, ferro, sódio e manganésio; e
agentes/matérias em suspensão, como bactérias, protozoários, algas, etc.

Relativamente àquelas impurezas, as mais importantes são os agente biológicos patogénicos, que podem originar doenças diarreicas ou entéricas, como a cólera, as febres tifóide e paratifóide, as disenterias bacilar e amebiana, as hepatites A e E, etc.

A água também pode contribuir para a proliferação de parasitas e artrópodes vectores de doenças, como no caso do sezonismo (ou paludismo), febre amarela, dengue, filariose, tripanosomíase (doença do sono), chistosomíase (bilharsiose) e oncocercose.

Também podem existir doenças relacionadas com a qualidade química da água, por excesso ou deficiência de certos produtos na sua composição, como (a) saturnismo, devido a excesso de chumbo, (b) meta-hemoglobinemia, ou cianose, originada pelo excesso de nitratos, (c) fluorose, devida a excesso de flúor, (d) cárie dentária, devida a défice de flúor, (e) bócio endémico, originado por deficiência de iodo, etc. Algumas substâncias dão à água propriedades laxantes, como os sulfatos, ou tornam-na tóxica, como o zinco, o arsénio, o selénio, o mercúrio, o cádmio, o crómio hexavalente, o cianeto e o cádmio. Os catiões bivalentes, como o cálcio e o magnésio (que determinam a dureza da água), os compostos organoclorados, os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, os detergentes aniónicos e os radionuclidos, são outros exemplos de produtos químicos e radioactivos que podem poluir a água.

As doenças transmitidas ao homem através da água são denominadas «doenças de veiculação hídrica», pois a água serve de meio de transporte a (1) agentes patogénicos, como os eliminados pelo homem e outros animais, através dos seus dejectos, ou a (2) poluentes químicos e radioactivos, como os existentes nos esgotos industriais. Os riscos para a saúde podem ser divididos em duas grandes categorias:

Riscos Directos:

Pela presença de agentes biológicos adversos/patogénicos, que entram em contacto com o organismo humano por ingestão ou outros modos, inclusive através de insectos vectores;
Pela presença de substâncias poluentes químicas ou radioactivas, sobretudo resultantes do lançamento de resíduos industriais, sólidos e líquidos.

Riscos Indirectos:

Relacionados com a deterioração das características estéticas da água (organolépticas) como, por exemplo, nos seguintes parâmetros:
cor, real e aparente, relacionada com a existência e quantidade de partículas em dissolução;
turvação, relacionada com a existência e quantidade de partículas em suspensão;
gosto e cheiro, natural ou artificial, como no caso de tratamentos com produtos químicos, ou devido à presença de algas.

Relacionados com os problemas que podem surgir em sistemas de abastecimento e tratamento de águas, nomeadamente:
obstrução de canalizações, redes de distribuição e estações de tratamento (sedimentos biológicos e moluscos), e perturbação dos processos de filtração da água (algas).

Tanto os agentes biológicos como os produtos poluentes, químicos e radioactivos, podem atingir o homem por (a) ingestão, directa ou através de alimentos, ou por (b) contacto com a pele e mucosas, através da higiene corporal, da preparação de alimentos, de práticas recreativas e desportivas, de actividades industriais e agrícolas (por exemplo, irrigação de terras).

Nos quadros seguintes apresentam-se as principais doenças veiculadas pela água e os respectivos agentes etiológicos.

Quadro 1. Doenças viricas veiculadas pela água

Doença
Agente etiológico

Enterite
Coxsachie, Ecovirus e Poliovirus (1-2-3)

Faringite e rinofaringite
Adenovirus e Renovirus

Hepatite infecciosa
Vírus da hepatite A e da hepatite E

Poliomielite (rara)
Poliovirus (1-2-3)


Quadro 2. Doenças bacterianas veiculadas pela água

Doença
Agente etiológico

Cólera
Vibrio colerae O1 e O139

Diarreia infantil
Escherichia coli

Disenteria bacilar
Shigella

Febres tifóide e paratifóide
Salmonella typhi e paratyphi (A-B-C)

Gastrenterite
Proteus, Shigella e Salmonella

Giardíase
Giardia lamblia

Leptospirose - doença adquirida por contacto (pele/mucosas)
Leptospira

Tularémia (rara)
Pasteurella turalensis


Quadro 3. Doenças parasitárias veiculadas pela água - por ingestão

Doença
Agente etiológico

Abcesso hepático amebiano
Entamoeba histolitica (protozoário)

Ascaridíase *
Ascaris lumbricoides (helminta)

Disenteria amebiana
Entamoeba histolitica (protozoário)

Dracunculose (dracontíase)
Dracunculus medinensis (verme da Guiné - nemátodo)

Tricuríase (tricocefalíase) *
Trichuris trichiura (nemátodo)

Fasciolíase
Fasciola hepatica (tremátodo)

* a transmissão por partículas de terra é mais frequente


Quadro 4. Doenças parasitárias veiculadas pela água - por contacto

Doença
Agente etiológico

Ancilostomíase
Necator americanus e Ancylostoma duodenale (nemátodo)

Chistosomíase (bilharsiose)
Schistosoma (mansoni, haematobium e japonicum - tremátodo)

Estrongiloidose - a transmissão por contacto com o solo é mais frequente
Stronggyloides percolaris

Prurido dos nadadores
Schistosoma (de aves e roedores - tremátodo)


Quadro 5. Doenças transmitidas por vectores (com reprodução na água)

Doença
Agente etiológico
Vector

Febre amarela
Arbovirus B (vírus)
Mosquito (Aedes e Haemagogus)

Filariose
Wuchereria brancofti (helminta)
Mosquito (diversas espécies)

Malária
Plasmodium (protozoário)
Mosquito (Anopheles)

Oncocercose
Onchocercavolvulus (helminta)
Mosquito (Simulium)

Tripanosomíase
Trypanosoma (protozoário)
Mosca (Tsé-Tsé Glossina)


Os aspectos anteriores permitem concluir que a água utilizada com fins domésticos deve ser saudável, ou seja, isenta de riscos para a saúde ("água potável"). Para ser saudável, a água não pode conter agentes biológicos patogénicos, substâncias tóxicas, nem quantidades excessivas de substâncias orgânicas e minerais. Pelo contrário, ela deve ser límpida e incolor, e não deve apresentar sabor ou odor desagradável; se possível, deve ser insípida e inodora. A água potável deve preencher, portanto, certos requisitos físicos, químicos e bacteriológicos ("requisitos de potabilidade").

Requisitos de Potabilidade

Qualidade Físico-Química. As impurezas físicas da água estão relacionadas com a sua cor, turvação, sabor, odor e temperatura. As impurezas químicas resultam da presença de substâncias dissolvidas e estão relacionadas com a dureza, alcalinidade, salinidade e agressividade da água. Uma água potável para consumo humano não deve ser turva nem apresentar coloração. Contudo, as águas brutas subterrâneas apresentam por vezes turvação e coloração, as quais só podem ser modificadas por processos específicos de tratamento. A água potável também não deve apresentar odores ou sabor desagradáveis, pois indicam a presença de microrganismos e substâncias químicas, e a sua alteração pertence ao domínio do tratamento da água. Como se referiu no parágrafo anterior, considerando as características organolépticas, a água potável deve ser límpida, incolor e não deve apresentar sabor ou odor desagradável. No quadro seguinte apresentam-se os parâmetros químicos que permitem classificar uma água como potável.

Quadro 6. Parâmetros químicos de uma água potável

Parâmetro
Valor Máximo Recomendado
Valor Máximo Admissível

Substâncias que produzem coloração
5 U (colorimetria Pt-Co)
50 U (colorimetria Pt-Co)

Matérias em suspensão
5 U (turbidometria)
25 U (turbidometria)

Sólidos totais
500 mg/l
1500 mg/l

pH
7,0-8,5
6,5-9,2

Oleos minerais
0,01 mg/l
0,30 mg/l

Compostos fenólicos
0,001 mg/l
0,002 mg/l

Dureza total
2 mEq/l (100 mg/l CaCO3)
10 mEq/l (500 mg/l CaCO3)

Cálcio
75 mg/l
200 mg/l

Cloretos
200 mg/l
600 mg/l

Ferro total
0,1 mg/l
1,0 mg/l

Fluoretos
0,6 mg/l
1,2 mg/l

Magnésio
30 mg/l
150 mg/l

Manganês (manganésio)
0,05 mg/l
0,5 mg/l

Sulfatos
200 mg/l
400 mg/l

Zinco
5 mg/l
15 mg/l

Arsénio
--
0,05 mg/l

Cádmio
--
0,01 mg/l

Chumbo
--
0,1 mg/l

Cianetos
--
0,05 mg/l

Mercúrio total
--
0,001 mg/l

Nitratos
--
45 mg/l

Selénio
--
0,01 mg/l


Qualidade Bacteriológica. A água contaminada por dejectos pode transmitir doenças gastrintestinais. Os agentes destas doenças são contudo relativamente pouco numerosos, quando comparados com a imensidão de microrganismos existentes no intestino humano. Devido à grande variedade de microrganismos, não é possível pesquisar individualmente a sua presença na água. Assim, a sua qualidade bacteriológica não se avalia directamente, mas sim através da pesquisa de «microrganismos indicadores» de poluição/contaminação, como as bactérias coliformes fecais, que habitam o intestino humano. Os coliformes, geralmente não patogénicos, existem em grande quantidade nas fezes e a sua presença na água indica que a mesma foi contaminada por dejectos de origem humana ou animal, sendo provável a existência de outros microrganismos intestinais patogénicos.

No início dos sistemas da rede pública de abastecimento, se a água for desinfectada (com cloro ou outro produto) não deve conter organismos coliformes (numa amostra de 100 ml). Se a água não for desinfectada, não deverão existir mais que 3 (três) coliformes por mililitro. Embora a presença de coliformes não seja tolerada numa rede pública de abastecimento, os critérios de qualidade bacteriológica recomendados para classificar uma água potável são os seguintes:

no período de um ano, a percentagem de amostras de 100 ml de água sem presença de coliformes, não deve ser inferior a 95%;
em nenhuma amostra de 100 ml de água deve ser encontrada Escherichia coli;
os coliformes não devem ser encontrados em duas amostras consecutivas de 100 ml de água.

Nos sistemas de abastecimento rurais, ou sem rede pública de abastecimento, como, por exemplo, poços privados, minas e fontanários, não devem existir mais que 10 (dez) coliformes por amostra de 100 ml de água. No caso contrário, e sobretudo se for encontrada Escherichia coli, o consumo de água deve ser interditado.

Quantidade de Água — Necessidades

Além do aspecto qualitativo, é indispensável que o homem disponha de água em quantidade suficiente para a satisfação de necessidades elementares. A escassez ou falta de água pode originar problemas graves de saúde, além de implicações a nível da salubridade ambiental, dos alimentos e da própria higiene individual. Em termos de consumo, as necessidades humanas em água dependem de vários factores como os hábitos, o poder de aquisição/compra, o nível de educação, as características climáticas, o meio onde reside (urbano, rural) e o sistema de abastecimento. Para o uso doméstico - bebida, cozinha, higiene corporal, lavagem de roupa, instalações sanitárias etc. - o consumo diário médio de água está estimado em 80 litros por pessoa. De um modo geral, os responsáveis pelo planeamento do abastecimento de água através de sistemas públicos, programam as necessidades de consumo diário por habitante (média), considerando também o consumo no âmbito da higiene ambiental, nos seguintes intervalos: 100-150 litros para as cidades pequenas, e 200-500 litros para os grandes centros urbanos.

Fontes de Água Potável

Na escolha das fontes/origens para abastecimento de água potável devem considerar-se determinados aspectos, como a salubridade, a quantidade, a regularidade e a economia. Naturalmente que uma água que não necessita de tratamento prévio ao consumo, deve ser prioritária relativamente a outra que necessite de tratamento para satisfazer os requisitos de salubridade. Também uma fonte capaz de fornecer continuamente a quantidade de água necessária para abastecimento, deve prevalecer sobre uma fonte de débito irregular ou instável. Na mesma linha de raciocínio, e considerando que os aspectos de salubridade, regularidade e quantidade são idênticos, uma fonte de exploração mais dispendiosa deve ser preterida em relação a uma exploração mais económica. A ordem de prioridades na selecção de uma fonte/origem para abastecimento de água potável, deve ser a seguinte:

Primeira escolha: água sem qualquer tipo de tratamento, que satisfaça os critérios bacteriológicos, físicos e químicos de uma água potável, e que possa ser distribuída aos consumidores sem bombagem;

Segunda escolha: água sem qualquer tipo de tratamento, que satisfaça os critérios bacteriológicos, físicos e químicos de uma água potável, mas que necessite de ser distribuída aos consumidores através de bombagem;

Terceira escolha: água que requer processos simples de tratamento para satisfazer os critérios bacteriológicos, físicos e químicos de uma água potável, e que não necessite de bombagem para ser distribuída aos consumidores;

Quarta escolha: água que requer processos simples de tratamento para satisfazer os critérios bacteriológicos, físicos e químicos de uma água potável, mas que necessite de bombagem para ser distribuída aos consumidores.

Os tratamentos simples referidos nas duas últimas hipóteses anteriores, limitam-se aos seguintes processos, isoladamente ou em combinação:
aprovisionamento que assegure uma sedimentação satisfatória, bem como alguma redução na quantidade de bactérias existente,
desinfecção por cloragem, sem necessidade de recurso a cloradores mecânicos, e
filtração lenta em areia ou saibro.

Categorias de Fontes/Origens de Água Potável

A água utilizada em diferentes sistemas de abastecimento pode ser dividida em duas grandes categorias:

águas subterrâneas, que incluem as águas existentes no subsolo e que podem atingir a superfície sob a forma de "fontes" ou "emergências"; e

águas superficiais, que englobam a água da chuva (recolhida), do mar, dos rios, lagos, albufeiras, barragens e represas.

Enquanto que as águas subterrâneas podem ser captadas através de poços, bacias de captação, minas ou galerias de infiltração, as águas superficiais são geralmente recolhidas e acumuladas em cisternas e reservatórios (sobretudo para a água da chuva), barragens e represas (para a água dos rios e outras águas superficiais).

Águas Subterrâneas. Estas águas são constituídas por uma parte da precipitação atmosférica, sobretudo por água da chuva, que se infiltra no solo e forma lençóis subterrâneos denominados «formações aquíferas». Existem (a) «formações aquíferas não cativas», quando os lençóis se situam entre uma camada impermeável (rochosa), por baixo, e um terreno permeável, por cima, e (b) «formações aquíferas cativas» ou «lençóis artesianos», quando os lençóis de água se situam entre duas camadas impermeáveis; neste último caso, os poços existentes denominam-se «poços artesianos». A superfície de um lençol subterrâneo, denominada "superfície livre", está sujeita às flutuações do nível de água, que depende sobretudo da frequência de períodos de seca (diminuição) e de chuva (aumento).

A pesquisa de águas subterrâneas faz-se habitualmente através de (1) estudos geológicos, (2) exame dos poços já existentes, em termos de perfil, débito, situação e qualidade da água, e (3) sondagens ou furos, que permitem recolher amostras e conhecer o perfil do terreno, de modo a analisar a profundidade da formação aquífera e a qualidade da água. Os furos ou sondagens, por vezes transformam-se em poços permanentes.

Águas Superficiais. Estas águas são provenientes, sobretudo, da chuva e a sua recolha, aprovisionamento e captação pode ser feita através de cisternas, reservatórios, represas, albufeiras e barragens. As águas superficiais podem, por vezes, ser consumidas no seu estado natural, mas geralmente estão contaminadas ou poluídas necessitando de tratamento prévio. A utilização da água do mar como fonte de abastecimento de água potável é possível, embora se pratique em escala muito reduzida (alguns países árabes). Os dois processos principais de "dessalinização" da água do mar são a (1) evaporação e condensação, utilizando a energia solar ou carburantes, e a (2) electrólise; estes processos são muito dispendiosos e necessitam de investimentos avultados, no que se refere à sua construção e manutenção. Os rios, lagos, barragens e represas constituem, geralmente, a principal fonte dos sistemas públicos de abastecimento de água.

Sistemas de Abastecimento de Água

O abastecimento de água pode ser feito através de (a) soluções individuais ou particulares, mais frequentes em zonas rurais, (b) sistemas semi-públicos e (c) sistemas públicos.

As soluções individuais mais utilizadas são (1) a recolha directa em rios, lagos, represas, fontes, etc., (2) a acumulação de água da chuva em cisternas, e (3) a captação a partir de poços e minas.

Recolha Directa em Rios, Lagos, Represas e Fontes

Este tipo de abastecimento é mais usado em áreas rurais e áreas suburbanas sem sistema público de abastecimento, e a recolha de água é feita (a) manualmente, em vasilhames (potes, bilhas, latas) transportados para as habitações, ou (b) utilizando sistemas de bombagem. De modo a garantir-se uma qualidade satisfatória da água, devem adoptar-se os seguintes cuidados:

- isolar o local de recolha, para evitar o acesso indiscriminado de pessoas e animais;

- não utilizar o local para outros fins, como banho, lavagem de roupa ou de animais;

- não construir fossas nas proximidades,

- não permitir o lançamento e deposição de resíduos sólidos ou líquidos, no manancial e nas suas proximidades;

- efectuar o "tratamento caseiro da água", como a filtração, a fervura e a desinfecção.

Na figura seguinte apresenta-se dois modelos possíveis de fontes/nascentes devidamente protegidas, que podem ser usadas como recurso de abastecimento individual ou colectivo. Preconizam-se os cuidados de higiene acabados de referir, bem como as medidas de segurança aplicáveis descritas adiante para o caso de poços, sendo ainda aconselhável a instalação de vedação adequada num diâmetro de 50 metros em redor da fonte, de modo a impedir a entrada e circulação de pessoas, que só deve acontecer para efeitos de limpeza da estrutura.

Recolha e Acumulação da Água da Chuva - Cisternas

Este tipo de abastecimento é mais usado em regiões onde há escassez de água, onde a água subterrânea não é acessível ou é imprópria para consumo humano. Constroem-se as cisternas para armazenar a água recolhida da superfície dos telhados dos edifícios durante os períodos chuvosos, com o objectivo de a consumir durante os períodos de seca.

Na estimação da capacidade de uma cisterna (em pedra, tijolo ou betão), deve considerar-se (a) a pluviosidade média anual, (b) a área da superfície colectora e (c) as necessidades de consumo. Para o cálculo da capacidade de uma cisterna, pode considerar-se um consumo de 10 litros por pessoa, por dia, sendo 2 litros para ingestão e os restantes para consumo doméstico e outras aplicações. Assim, para uma família de quatro pessoas e para o período de um ano, o volume da cisterna deve ser de V = 4 x 10 x 365 = 14.600 litros , ou seja, é necessária uma cisterna com cerca de 15 m3 de capacidade. Para se ter uma ideia da quantidade de água colectada a partir da superfície dos telhados, podem aplicar-se as seguintes considerações e cálculos: se área do telhado for de 40 m2, a pluviosidade anual de 500 mm (regiões secas: 500-750 mm) e o coeficiente de aproveitamento da água de 0,75 (perdas por evaporação e limpeza: ±25%), a quantidade de água que se pode recolher num ano será de Q = 40 x 0,50 x 0,75 = 15 m3 .

Observa-se assim, que um telhado pequeno, com 40 m2, é suficiente para recolher a água necessária para uma família de quatro pessoas, durante um ano, numa região com escassez de água. Em regiões de maior pluviosidade, o volume recolhido será maior. A construção de cisternas é portanto uma solução viável para o abastecimento de água em regiões áridas e semi-áridas. Em pequenos aglomerados populacionais, podem instalar-se cisternas maiores para utilização comunitária. Para se garantir uma qualidade satisfatória da água proveniente de cisternas, devem adoptar-se os seguintes cuidados:

- não recolher a água das precipitações iniciais, pois contêm impurezas residuais dos telhados, devendo instalar-se um dispositivo adequado para desviar as águas das primeiras chuvas;

- a cisterna deve ser em material opaco e manter-se sempre fechada, para evitar a entrada de poeiras, detritos e insectos, e evitar a entrada de luminosidade, de modo a que não exista proliferação de algas;

- a limpeza e desinfecção da cisterna deve ser efectuada uma vez por ano (pelo menos);

- no interior da cisterna não devem existir ângulos ou esquinas, devendo os cantos serem arredondados para facilitar a sua limpeza e desinfecção;

- não devem ser utilizados baldes ou outros recipientes para retirar água do interior das cisternas (pois são veículos de contaminação e poluição), devendo ser instalado um sistema simples de canalizações e/ou uma torneira no seu nível inferior, para a saída de água (incluindo a água residual dos processos de limpeza e desinfecção);

- devem ser adicionados produtos desinfectantes à água, à base de cloro ou outros;

- como complemento das medidas preventivas anteriores, deve-se efectuar ainda o "tratamento caseiro da água", como a filtração, a fervura e a desinfecção.

Captação de Água em Poços e Furos

A obtenção de água por este processo é mais frequente em zonas rurais e suburbanas não servidas pelo sistema público. Os poços podem classificar-se em (a) poços vulgares, escavados manualmente, (b) poços escavados mecanicamente, com escavadora ou através de injecção de água, e (c) poços perfurados, que podem subdividir-se em poços tubulares e furos. Enquanto que os poços vulgares e escavados mecanicamente são geralmente "rasos", os poços perfurados podem ser "rasos" (tubulares) ou "profundos" (furos). Para se garantir a qualidade da água de poços e furos, devem considerar-se os seguintes aspectos:

- poços e furos devem situar-se a uma distância mínima de 30 metros, de fontes potenciais de contaminação ou poluição, como sumidouros e valas de infiltração;

- a parte superior de poços e furos deve encontrar-se a um nível mais elevado que as fontes de contaminação e poluição que eventualmente existam nas proximidades;

- poços e furos devem ser cobertos com uma plataforma de betão com, pelo menos, um metro de largura, a qual deve apresentar um ligeiro declive para uma valeta, de modo a efectuar-se a drenagem de águas superficiais;

- na plataforma de betão dos poços e furos, a passagem dos tubos de aspiração deve ser bem estanque, para impedir a penetração de águas superficiais;

- na plataforma dos poços, a abertura de visita (para tarefas de inspecção, reparação e limpeza) deve apresentar uma saliência de, pelo menos, 8 centímetros de altura, e ter tampa impermeável;

- a parede interior dos poços deve ser protegida com um revestimento impermeável até, pelo menos, 3 metros abaixo e 30 centímetros acima do nível do solo;

- os poços devem ser sempre limpos e desinfectados após a sua construção ou reparação: (1º) lava-se com água as paredes interiores, (2º) seguindo-se a limpeza com uma solução clorada concentrada (100 mg/l de teor de cloro activo), (3º) efectua-se a cloragem da água, de modo que o seu teor em cloro atinja os 50 mg/l, (4º) agita-se e deixa-se repousar a água cerca de 12 horas, (5º) esvazia-se a água do poço, (6º) aguarda-se o seu enchimento de novo, e (7º) quando o teor de cloro residual descer para menos de 1 mg/l a água pode ser consumida;

- a retirada de água do interior dos poços não deve ser efectuada com vasilhame, mas através de bombagem manual ou mecânica. Quando a bombagem não for possível, pode utilizar-se um sistema de roldana com manivela, devendo adoptar-se cuidados especiais de higiene e limpeza para evitar a contaminação do balde ou da corda.

Tratamento doméstico da água

Existem alguns métodos de purificação e desinfecção da água que podem ser aplicados no domicílio, quando houver suspeita de contaminação da água da rede pública, ou quando a água de consumo provier dos sistemas individuais de abastecimento referidos anteriormente (recolha em rios, cisternas, poços, etc.).

Os principais processos de tratamento doméstico da água são a ebulição (fervura), a desinfecção química (iodo, cloro e seus derivados) e a filtração.

Ebulição - A fervura da água a 100º centígrados, durante 20 minutos, é um processo de desinfecção simples de executar e eficaz, pois extermina a totalidade dos microrganismos. Como a ebulição origina a libertação dos gases dissolvidos, podendo tornar a água um pouco desagradável ao paladar, recomenda-se o seu arejamento, passando-a de um recipiente limpo para outro.

Desinfecção química - Os produtos mais utilizados são o iodo (solução e comprimidos) e os derivados do cloro (solução, pó, grânulos e comprimidos). A tintura de iodo a 2-8% é um bom desinfectante; duas gotas de tintura a 2% são suficientes para desinfectar um litro de água (4 gotas a 8% se a água estiver muito poluída), a qual deve ficar em repouso 30 minutos, pelo menos, antes de ser ingerida. No mercado também existem comprimidos de compostos iodados, preparados especificamente para a desinfecção da água de consumo. Como se referiu antes, o cloro e seus derivados são desinfectantes eficazes e fáceis de aplicar. O hipoclorito de cálcio concentrado (70% de cloro), sob a forma de grânulos, embora sendo um produto estável, não deve ser exposto à luz solar nem à humidade. A solução do mesmo químico a 1% (lixívia ou água de Javel) também é eficaz como desinfectante e muito fácil de aplicar; três gotas de uma solução de hipoclorito de sódio a 1% são suficientes para desinfectar um litro de água, a qual deve ficar em repouso cerca de 30 minutos, antes de ser ingerida. No mercado existem comprimidos de cloro, para desinfecção da água de consumo (com dosagem recomendada na bula que acompanha as embalagens).

Filtração - É utilizada sobretudo para retenção de impurezas, devendo, portanto, ser o primeiro processo caseiro de tratamento da água. A sua capacidade de retenção de microrganismos é limitada e depende do tipo de filtro usado. No mercado existe uma grande variedade de filtros domésticos, de cerâmica porosa (filtros de vela), de carvão vegetal, e de areia ou saibro, este último menos eficaz na retenção de microrganismos.

Controlo da Qualidade da Água

As características organolépticas da água não são suficientes para garantir a sua potabilidade. Assim, a água deve ser submetida a análises laboratoriais periódicas, com a finalidade de (a) determinar as suas características no estado bruto, para decidir a necessidade e tipo de tratamento, e (b) controlar a eficácia do tratamento e as características de potabilidade da água.

Considerando a água de consumo, as análises a efectuar são: (a) físicas, para determinar a temperatura, o gosto, o odor, a cor e a turvação, (b) químicas, para estimar a quantidade de substâncias químicas presentes, que podem ser perigosas para a saúde ou servir de indicadores de poluição, (c) bacteriológicas, para determinar o número total de bactérias, incluindo as bactérias de origem intestinal, e (d) microscópicas, para determinar as fontes prováveis de gostos e odores, bem como os efeitos dos microrganismos no processo de purificação.

A análise das características físicas e químicas deve ser efectuada trimestralmente, se a população servida pelo sistema for superior a 50.000 habitantes, ou duas vezes por ano, se a população for inferior. Nos quadros seguintes apresenta-se a periodicidade recomendável na avaliação das características bacteriológicas da água, consoante esta foi ou não tratada antes de entrar no circuito de distribuição; para a água desinfectada deve-se efectuar ainda o controlo, várias vezes por dia, da concentração de desinfectante químico, tanto na estação de tratamento como em diferentes pontos da rede de distribuição.

Fonte: http://www.saudepublica.web.pt/06-SaudeAmbiental/061-Aguas/AbastecimAgua_texto.htm
Ou parte em:
http://www.gforum.tv/board/620/178456/o-meu-poco.html

- Veja também:
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Biodigestor Indiano

18 de dezembro de 2009

Videos Fibra de Bananeira

Seleção de vídeos sobre o uso da fibra da bananeira.

Artesanato em fibra de bananeira
- O processo de descamação e fabricação de objetos.
http://www.youtube.com/watch?v=EOPW9biwRF0


VTS 01 1 ARTESANATO COMO EXPRESSÃO DE ARTE
- video mostrando o processo da extração da fibra de bananeira e seu uso.
http://www.youtube.com/watch?v=FRAHOYbTaHI


Fibra de bananeira - Alexandre Garighan
- Corte da matéria-prima
http://www.youtube.com/watch?v=5VHOI7tvs-g


Papel Artesanal de Fibra Bananeira
- Apresentação de fotos do preparo de papel com fibra de bananeira
http://www.youtube.com/watch?v=4O_KPYszOlg


Artesanato: Arte em fibra de bananeira I
- produtos
http://www.youtube.com/watch?v=SOW-GRVd39I


Bananeira arte 22 01 09 MPEG 4
- Exemplos de objetos decorativos.
http://www.youtube.com/watch?v=QirzQr0paU0


Reciclarte - curso de fibra de bananeira
- O trabalho em uma oficina
http://www.youtube.com/watch?v=q6FYpOcfEy0



- Veja também:
Vídeos Super adobe
As fibras naturais

8 de dezembro de 2009

Os males da Escrita

Por Adrian Rupp

Sabemos muito bem os benefícios que a escrita trás aos indivíduos e sociedades, mas diante de uma enfática campanha de apologia à alfabetização nem por um segundo nos questionamos o que poderíamos estar perdendo vivendo num mundo que valoriza a escrita. Como vivemos sob um império nenhuma comunidade tem o poder para optar por excluir a escrita completamente, porém, é importante que tenhamos consciência do que ela representa para uma comunidade e assim decidir como será usada em favor desta coletividade. Ainda resta o poder de escolher se nossa comunidade vai ou não vai valorizar a escrita.

Para começar vou tentar enumerar alguns prejuizos da escrita. Seria mais fácil conhecê-los através de uma comunidade que conscientemente optou por se afastar da escrita, mas vou fazer o exercício de imaginar o que se perde por utilizar a escrita.

1. Racionalização
A escrita é uma ferramenta fortemente ligada à realidade racional, diferentemente da linguagem oral e gestual, que são mais fortemente ligadas à realidade emocional. Percebemos isso explicitamente quando temos dificuldade de expressar sentimentos com textos que seriam facilmente expressados com gestos. Numa história contada oralmente ou gestualmente está presente as expressões faciais do narrador e da platéia, algo que é perdido numa história contada num livro.
Assim optar pela escrita é valorizar a realidade racional, ordenada e definida e consequentemente, desvalorizar a realidade emocional, desordenda, indefinida.

2. Imprecisão
Existe na definição da palavra escrita uma imprecisão por mais contraditório que pareça. O problema é expresso pelo ditado: "melhor estar aproximadamente certo do que precisamente errado".

Exemplo 1: Números
Imagine que se fez o registro de que foram colhidas 4 goiabas. Essa frase pode ser falsa de várias maneiras. Mesmo que na hora de colher foi exatamente isso que aconteceu, na prática um das goiabas tinha lagartas e não pode ser aproveitada. Ou de outra forma, o tamanho de uma era tão diminuto que não foi usada como uma unidade de fruta. Poucas pessoas se dão conta mas quando fazemos contagens estamos fazendo uma gigantesca abstração. Assim algo que poderia ser conhecimento na verdade é uma informação falsa.

Exemplo 2: adjetivos
Adjetivos são uma grande fonte de erros. Quando se diz "homem alto" cada pessoa projeta uma imagem mental diferente. Na linguagem oral o narrador conhece e dialoga com a platéia e pode perceber se foi mal compreendido até mesmo pelas expressões faciais.
O narrador da palavra escrita normalmente não conhece a platéia e assim pode cometer erros de ordem local. Um "homem alto" é um conceito que muda de região em região.

3. Perdas de habilidades
Uma comunidade que opta em desenvolver a escrita também está optando em não desenvolver outras técnicas de transmissão de conhecimentos. Não há como desenvolver todo tipo de técnica de transmissão de conhecimento de forma igualitária e assim sempre haverá uma que será a preferida e as subdesenvolvidas. Aldeias que utilizam a tradição oral desenvolvem muito mais a memorização e a oratória por exemplo. Desenvolvem-se técnicas que permitem que conhecimentos atravessem gerações com qualidade, por exemplo através de orações, músicas, ladainhas, etc. Envolver o interlocutor se torna um ato físico e não apenas intelectual, recheado por gestos, posturas, entonações e até mesmo toques. Tais habilidades são muito poderosas, indo até o extremo da hipnose, portanto são uma ameaça para os impérios se forem dominadas pela maioria. Tais técnicas são muito mais naturais e portanto mais fáceis do que se alfabetizar. A rotina escolar acaba naturalizando a escrita de tal modo que ironicamente muitas pessoas tem vergonha de falar em público e preferem se comunicar via escrita pela Internet.

3. Dependência
Os atuais suportes e instrumentos da escrita não são dominados pela maioria da população. Para escrever esse texto eu tive que usar um computador que eu não sou capaz de fazer. Canetas, lápis, lapiseiras, papeis, e outros materiais exigem compras, diferente de utiliar os meios de comunicação que ganhamos quando nascemos como olhos, boca, mãos, ouvidos, etc. Quanto mais formos aptos em nos comunicar usando meios próprios mais seremos livres. Os meios comprados ou emprestados serão usados para nós subjulgar. Existe uma diferença entre possuir uma tecnologia e dominá-la. Se apenas utilizamos, sem saber como mantê-la por meios próprios, ela está conosco mas não é nossa. Quem realmente a possui é aquele que decide se ela é ofertada ou não.

Enfim, isso é o que fui capaz de alcançar nesse exercício imaginativo. Como já disse, não conheço ou vivo numa comunidade que optou por ignorar a escrita para chegar perto da real dimensão das vantagens que esta escolha pode representar. Fui criado num mundo onde a escrita não só é um valor como uma imposição. Hoje por lei do império brasileiro nenhuma criança pode fugir da alfabetização. Ela é obrigada a utilizar a escrita por 9 anos de sua vida durante o ensino fundamental. Nenhum crime tem uma punição tão rigorosa quanto este. A apologia é tanta que a perda da liberdade, perda da autonomia, não são consideradas. E assim sutilmente podemos entrar num governo totalitário, onde pelo nosso bem não temos liberdade.

- Veja também:
Poder, Decisões e Governo
Informática Sustentável

12 de novembro de 2009

Praticar Culturas para um abastecimento alimentar em continuidade

Por FAO

Uma horta que produz alimentos durante todo o ano representa a melhor segurança alimentar para as famílias e as comunidades do mundo rural.

É muito importante para uma família ter reservas de alimentos ou dinheiro (ou ambos) para poder fazer face às penúrias sazonais de géneros alimentares de base, às situações de urgência ou ainda às ocasiões especiais. Por exemplo, se um agricultor ficar doente e não puder trabalhar, ou se a sua colheita dos alimentos de base for má, os produtos da horta podem contribuir para a satisfação das necessidades alimentares essenciais da família.

Muitas aldeias ficam situadas longe das cidades e dos mercados. Os víveres provenientes do exterior são muitas vezes caros e difíceis de transportar, sobretudo quando as chuvas fortes inundam ou estragam as estradas. O facto de produzir alimentos no local permite poupar dinheiro e esforços, e garantir um aprovisionamento alimentar regular, mesmo se as estradas estiverem cortadas.

PLANIFICAR A PRODUÇÃO E A DISPONIBILIDADE DE ALIMENTOS PARA TODO O ANO

Planificar uma horta, para que ela possa garantir durante todo o ano uma provisão de alimentos em continuidade, é um processo que requer competências de gestão e conhecimentos sobre os seguintes assuntos:

- tipos de culturas que crescem bem na região;

- datas certas de sementeira ou de plantação das diferentes culturas para obter os melhores rendimentos;

- duração do período de crescimento dos diferentes tipos de culturas hortícolas;

- tempo durante o qual uma cultura pode fornecer alimento à família antes de precisar de ser substituída;

- culturas resistentes à seca (se a região tem falta de água);

- culturas que possam tolerar terras húmidas (por exemplo, pântanos ou terras alagadas).

Estes conhecimentos permitem ao horticultor escolher os tipos de culturas a praticar, as datas da sementeira ou da plantação, a localização e as associações de culturas. O horticultor deve conhecer bem as vantagens das sebes vivas, da cultura múltipla, da cultura em diferentes níveis, das árvores de fruto e das parcelas de cultura intensiva de legumes para delas tirar proveito. Estes assuntos são tratados nas Rubricas Tecnológicas de Horticultura de 11 a 15.

Com estes conhecimentos presentes, um horticultor pode planificar diferentes tipos de culturas que permitam obter durante todo o ano quantidades adequadas de alimentos fres-cos ou de conserva (por exemplo legumes, leguminosas, frutos, raízes e tubérculos).

Árvores de fruto

Certas árvores de fruto podem produzir durante todo o ano, e outras apenas durante determinadas estações. É importante escolher árvores que produzam frutos que amadurecem em diferentes épocas do ano e incluir igualmente árvores de fruto que produzam ao longo de todo o ano, por exemplo, a bananeira.

Algumas árvores (limoeiro, mangueira, abacateiro, por exemplo) levam muito tempo para dar frutos, mas depois produzem durante muito tempo sem necessidade de serem substituídas. O melhor método é seleccionar árvores que dêem fruto rapidamente (por exemplo, papaieira, bananeira, goiabeira) e plantá-las com outras que levam mais tempo a dar fruto (ver o Quadro 1). O horticultor pode utilizar técnicas como a enxertia para reduzir o tempo entre a plantação e a frutificação. Para mais detalhes sobre enxertia, ver a Rubrica Tecnológica de Horticultura 16, "Técnicas de multiplicação das plantas".

QUADRO 1
Idade das árvores quando começam a dar fruto

Árvore
Começo da frutificação
(anos depois da plantação)

Abacateiro
7-10

Bananeira
1

Citrinos
4-6

Goiabeira
2-3

Mangueira
5-7

Papaieira
1


Legumes de folhas verdes

A maior parte dos legumes de folhas verdes consumidos em África podem ser colhidos mais do que uma vez antes de voltarem a ser semeados ou plantados de novo. Uma grande variedade de legumes de folha está pronta para a colheita três ou quatro semanas depois da sementeira e continua a produzir por algum tempo (ver o Quadro 2). Certos legumes de folhas verdes crescem rapidamente, mas não podem ser colhidos mais do que quatro vezes no máximo antes da nova sementeira (por exemplo, o amaranto e algumas variedades de colza), enquanto que outras variedades dão folhas comestíveis durante todo o ano (por exemplo, mululu e a mandioca). É aconselhável misturar a cultura de legumes de folha de maturação rápida com a de legumes de maturação lenta. Estes últimos fornecem legumes à família durante longos períodos de tempo, o que evita replantá-los muitas vezes.

É também importante considerar que há períodos em que certos legumes de folha não são utilizáveis. Por exemplo, as folhas de mandioca são muito amargas durante a estação seca. Assim, o horticultor deve assegurar-se de que outros legumes possam ser consumidos em alternativa.

O quadro 2 dá alguns exemplos do tempo de crescimento de diferentes legumes, assim como do tempo durante o qual uma família pode beneficiar de uma cultura, antes de replantar. Quando as plantas vivem muito tempo, como o mululu ou a mandioca, as suas folhas podem ser colhidas muitas vezes durante o ano, enquanto que o amaranto só é colhido duas ou três vezes antes de ser semeado de novo.

QUADRO 2
Tempo que decorre entre a sementeira ou a plantação e a primeira colheita, e a duração do período de colheita

Cultura
Tempo necessário entre a sementeira ou a plantação e a primeira colheita
Duração do período de colheita antes de ser necessária a replantação

Amaranto
1 mês
2-3 colheitas

Batate-doce, folhas de
1 mês
3-4 meses*

Beringela africana
3 meses
2-3 meses

Tomate
3 meses
2 meses

Mandioca, folhas de
3-4 meses
1,5-2 anos*

Malagueta
4 meses
1-2 meses

Mululu
7-9 meses
3-5 anos


* Pode-se continuar a colher as folhas (excepto durante a estação seca) até à colheita dos tubérculos.

Leguminosas

Convém seleccionar as leguminosas de acordo com a estação e com as características adequadas à região. As leguminosas como o feijão-nhemba, o amendoim e o feijão-bambara, são normalmente associadas com outras culturas, como o milho. As leguminosas podem, assim, crescer na horta se houver água suficiente. Por exemplo, algumas culturas de feijão-nhemba de maturação precoce podem ser plantadas no início da estação das chuvas. Uma segunda cultura pode ser plantada na segunda metade da estação das chuvas. Se só se cultivar uma variedade leguminosa por ano, é necessário armazená-la para evitar perdas depois da colheita, especialmente por ataques de gorgulho.

Culturas que dão mais de um tipo de alimento

Os horticultores devem seleccionar tipos de culturas que dão mais do que uma categoria de alimentos. Em função dos hábitos alimentares locais, culturas como a mandioca, a batata-doce, a matabala, o feijão, o feijão-nhemba e a abóbora, fornecem à família tanto o alimento de base como legumes secos e legumes de folha.

Assegurar-se de que as plantas jovens e o material de plantação estão prontos

A cultura de plantas alimentares para assegurar um aprovisionamento em continuidade é indissociável da utilização permanente e eficaz da terra e de outros recursos limitados (água, mão-de-obra familiar, material de plantação), o que exige uma planificação minuciosa. O horticultor deve preparar as plântulas, ou o material de plantação, para o transplante, ou para a plantação, na altura da colheita de outras culturas, e ter em consideração a rotação das culturas.

CONSERVAÇÃO E ARMAZENAGEM DE ALIMENTOS SAZONAIS

O excedente de um produto sazonal pode ser conservado e armazenado para ser utilizado mais tarde. Algumas raízes carnudas são reservas vivas de alimentos que podem ser deixadas no solo até serem necessárias. Muitas destas raízes carnudas também fornecem folhas nutritivas (por exemplo mandioca e batata-doce). A Rubrica Tecnológica de Horticultura 18 dá detalhes sobre a transformação, a conservação e a armazenagem de culturas hortícolas. Ver igualmente o Anexo 3.

UTILIZAÇÃO DOS RENDIMENTOS DA HORTA PARA COMPRAR OUTROS ALIMENTOS

Nem sempre é possível produzir todos os tipos de alimentos que satisfaçam as necessidades diárias de uma família. É pois necessário vender o excesso de alimentos de base, legumes e frutos (quer dizer, os que não são necessários para o consumo actual ou futuro da família) e utilizar o dinheiro para comprar géneros alimentares que a família não pode produzir (por exemplo, óleo, açúcar, alimentos de base, legumes, e frutos suplementares) ou para cobrir outras despesas não alimentares da família (por exemplo, combustível, sabão, medicamentos, custos escolares).

Fontes:
http://74.125.47.132/search?q=cache:4fo3VSDw5XQJ:www.fao.org/docrep/007/x3996p/x3996p0t.htm+Uma+horta+que+produz+alimentos+durante+todo+o+ano+representa+a+melhor&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br
ou
http://books.google.com.br/books?id=USvx3ccSstQC&lpg=PA205&ots=0bGheri0ub&dq=%22Uma%20horta%20que%20produz%20alimentos%20durante%20todo%20o%20ano%20representa%20a%20melhor%22&pg=PA205#v=onepage&q=%22Uma%20horta%20que%20produz%20alimentos%20durante%20todo%20o%20ano%20representa%20a%20melhor%22&f=false


- Veja também:
Receitas de Geléias
Como cultivar um pomar

11 de novembro de 2009

Informática Sustentável

Por Adrian Rupp

O atual paradigma da informática, pouco tem relação com a sustentabilidade comunitária. Ele é marcado por:

- Compra constantes de equipamentos com maior capacidade.
- Descarte constante de equipamentos com menor capacidade.
- Desconhecimento por parte dos usuários de como usar de modo mais livre estas tecnologias.

Devo dizer que nenhuma comunidade é obrigada a utilizar a informática. Milhares de comunidades tiveram muito sucesso passando longe destas tecnologias. Existe uma forte campanha nos convencendo de que precisamos disso e que só existem vantagens na informatização. Mas existe uma lista de desvantagens que só são percebidas se olharmos de forma crítica. Portanto o que resta fazer é avaliar os prós e contras em utilizar a informática, para tomarmos consciência das consequências da escolha de usar ou não estas tecnologias. Acho que não é tão difícil fazer está avaliação em comparação a projetar a melhor forma de tornar o uso sustentável. Portanto vou ficar com a segunda opção neste texto.


Como manter a informática numa comunidade auto-sustentável

O funcionamento básico de um computador é o seguinte: Entra energia e dados, ocorre o processamento, saem dados. Essa máquina é muito exigente com relação a qualidade da energia o que faz necessário o uso de estabilizadores. Essa energia pode vir de qualquer fonte: eólica, solar, biomassa, lenha, etc. Os dados entram pelo teclado, mouse, scanner, tela sensível ao toque. O computador foi projetado de tal modo que o teclado é indispensável, enquanto mouse, scanner e outros periféricos de entrada são opcionais. Para a saída dos dados existe o monitor, os autofalantes, impressoras, etc. De modo similar a entrada de dados, a saída exige um monitor e trata os outros periféricos de saída como opcionais.

Portanto já sabemos que vamos necessitar obrigatoriamente de um teclado e monitor. Para escolher estes equipamentos necessitamos avaliar:

- Qual modelo tem mais durabilidade
- Qual modelo é compatível com a placa mãe
- Qual modelo tem uma manutenção mais viável
Em alguns casos ainda se faz necessário avaliar o consumo de energia.

O processamento dos dados exige a presença dos elementos: placa-mãe, memória RAM, processador e drive de mídia. A placa mãe é que vai definir como serão os outros componentes já que todos deverão ser compatíveis com ela. No geral placas mães mais modernas consomem mais energia.

Existem diferentes dispositivos para armazenar os dados: disco-rígido, disquetes, cd-roms, dvd-roms, pen-drives, etc. Cada um com seu conjunto próprio de vantagens de desvantagens. Penso que o melhor é projetar um conjunto utilizando no mínimo dois tipo de mídias, por exemplo: disco-rígido e cd-roms ou disco-rígido e disquetes. O disco rígido é um ótimo dispositivo para armazenar dados, mas ele é dispensável. Penso que o melhor seja projetar o uso da informática de tal forma que seja viável viver sem ele. Isso é feito usando sistemas operacionais e programas que são instalados em disquetes ou cd-roms. Assim, perdendo o disco-rígido e o disco rígido reserva, todo o conjuto (teclado, monitor, estabilizador, placa-mãe, memória RAM, processador e outros periféricos), ainda são úteis.

Assim o hardware (parte fisica do computador) seria o seguinte:
Estabilizador (x2)
Fonte (x2)
Placa mãe (x2)
Memória RAM (x2)
Processador (x2)
Drives de mídias (x2) que poderiam ser: disco-rígido e cd-roms ou disco-rígido e disquetes ou outra combinação
Drive de mídia principal (x2)
Drive de mídia secundário (x2)
Teclado (x2)
Monitor (x2)

Pode parecer muita coisa mas em apenas descrevi dois computadores com peças totalmente intercambiáveis. Um deles será o titular e o outro o reserva. Cada vez que uma destas partes tem uma falha irreparável ela é substituída usando a peça que estava no computador reserva. Tal ocorrência deve ter sua causa encontrada para que o mesmo não ocorra com a peça sobressalente. Várias medidas devem ser tomadas para garatir uma longevidade, para começar siga o manual de instruções de cada componente. Outra questão, quase óbvia, é que a comunidade precisa possuir uma oficina para manutenção de computadores. Talvez uma falha irreparável não seja realmente irreparável se houver alguém que olhe de novo para problema com mais carinho.


Uso racional de mídias de armazenamento

Toda a mídia de armazenamento possuí um limite de espaço. Tal limite pode ser vencido de duas formas: comprando mais mídia ou fazendo um uso racional. A primeira opção não é válida para comunidades auto-sustentáveis. Assim resta fazer um planejamento para que a comunidade não entre numa forte dependência externa. Existem várias maneiras de evitar essa dependência:

- Limitar o tamanho dos arquivos de acordo com a mídia
O que sugiro é que se considere a capacidade total da mídia para definir o tamanho dos arquivos que serão quardados. Deste modo a mídia será usada de acordo com sua vocação e a perda de arquivos será menos frequente. O calculo que sugiro é o seguinte:

Espaço total da mídia dividido por 50.Por Exemplo:
Pendrive de 1GB: Espaço total = 977MB / 50 = 19,54MB ou aproximadamente 20MB

Assim a vocação deste pendrive é quardar arquivos de até 20MB. Esse alvo pode ser atingido escolhendo programas e jogos menores, compactando programas e arquivos e convertendo vídeos, músicas, fotos, textos, etc., para que ocupem menos espaço.

Unindo essa estratégia e a função multi-seção da gravação de CDs e DVDs estas mídias podem ser utilizadas várias vezes para novas gravações.
O resultado é que o uso foi racionalizado e a mídia adquiriu mais funções. O risco de perda de arquivos por defeitos na mídia também se torna menor.

- Escolha dos arquivos importantes
Um uso racionalizado envolve em certa medida a opção entre um arquivo ou outro. Mesmo limitando o espaço máximo de cada arquivo, ainda assim podemos chegar numa superlotação. A estratégia passa a ser excluir arquivos que não são essenciais. Algum destes podem permanecer quardados em mídias de backup, mantendo as mídias de uso constante com espaço livre para a utilização. O ideal é previnir a superlotação fazendo faxinas antes de se chegar a situação limite, que fica mais difícil de ser enfrentada se for num momento inoportuno.


Opções de Softwares

Todo computadore precisa de um sistema operacional. Apesar de ser muito utilizado, o Windows tem falhas de sustentabilidade. Em primeiro lugar, o Windows XP exige um licença para cada computador onde é instalado e uma validação via Internet. Ele ainda exige um drive de CD-ROM. Talvez a pior limitação seja que ele não funciona a partir de mídias removíveis como pendrives, disquetes, CD-ROMs, DVD-ROMs, etc. Por outro lado existem sistemas operacionais que podem ser usados mesmo que o computador não tenha um disco rígido. Apartir de um LiveCD, por exemplo, várias distribuições de Linux podem ser acessadas. O sistema DOS é extremamente enxuto e permite o uso do computador a partir de disquetes. Assim, os dois tipos de dispositivos de armazanamento podem dar o boot na máquina e na falta de um, ainda teremos o outro.

Segue-se a mesma estratégia com relação aos programas. Cada função do computador, como por exemplo edição de imagens, tendo dois programas que são capazes de realizá-la. Deste modo, as limitações de um programa são compensadas pelo segundo.
Ainda pensando em não enforcar o uso do computador é necessário mais de uma pessoa capaz de usá-lo, mais de uma capaz de consertá-lo e mais de uma fonte de energia (eólica, solar, biogás, etc.).

Opções Avançadas

Observando as recomendações acima acredito que seja possível um uso independente e sustentável da informática por um longo período. Mas uma comunidade por optar por desenvolver-se dando ênfase nesta área. Isso pode se dar com o desenvolvimento de softwares, produção de placas de eletrônica, usinagem de peças, etc. Com isso a sustentabilidade se amplia para um nível além do essencial, o que gera custos maiores mas por outro lado permite ofertar essa produção em mercados de trocas com outras comunidades.
Este texto não esgota o tema. Mas já abre caminhos para pensar e planejar o uso de tecnologias sofisticadas em comunidades auto-suficientes.

- Para entender melhor:

Antigo texto que escrevi sobre isso:
http://br.groups.yahoo.com/group/sustentacomuni/message/51

Algumas páginas da Wikipédia que ajudam a entender o assunto:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Livecd
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dispositivo_de_armazenamento
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mem%C3%B3ria_ram
http://pt.wikipedia.org/wiki/Software_livre
http://pt.wikipedia.org/wiki/Disco_r%C3%ADgido

Outros artigos neste blog:

CDs - Uso Auto-sustentável
http://sustentacomuni.blogspot.com/2011/02/cds-uso-auto-sustentavel.html

Disquetes úteis
http://sustentacomuni.blogspot.com/2011/01/disquetes-uteis.html

SliTaz3 remaster Adrian
http://sustentacomuni.blogspot.com/2010/06/slitaz3-remaster-adrian.html

Disquetes: Uso sustentável
http://sustentacomuni.blogspot.com/2010/05/disquetes-uso-sustentavel.html



Comentário de Victor Kerber, Analista de banco de dados:

Caros amigos e visitantes,

Creio este ser um assunto complexo (devido a sua dificuldade implantação e pelo número de possibilidades e opções oferecidas), com tudo, visualizando externamente o assunto, vejo a informática como uma dependência mundial, vendo a mesma, como ferramenta.

Ferramenta esta que pode ser para melhorar o ensino e a didática, administração, pesquisas e por ai vai... Sei que o foco de comunidades auto-sustentáveis é justamente não possuir qualquer tipo de dependência externa se possível, ou pelo menos tentar minimizar ao máximo, estas dependências.

No caso da informática, vejo como uma necessidade, que pode vir a se tornar uma dependência ou não, que pode vir a ferir os princípios de uma comunidade ou não... Digo isso pelo fato de estes acontecimentos estarem diretamente ligados a gestão dos recursos e a forma como os moderadores ou administradores da comunidade em questão cuidará e administrará tais recursos, a forma que conduzirão a informatização.
Resumindo, o uso da informática deve chamar telemática, pois já vejo como o setor que gerencia os recursos de informática e telecomunicações e os seus meios, deverão estar condicionadas a capacidade da comunidade como um todo de administrar e utilizar de forma racional os recursos desta área... Ou seja, depende de como será aplicado este recurso na comunidade.

Com certeza o primeiro grande passo para verificar a possibilidade, e decidir pelo uso da telemática ou não na comunidade, devera ser o estudo de caso e a definição exata do seu uso, assim como a disponibilização do recurso, realizando alguns dos seguintes questionamentos:

Por que, para que, quando, quanto, como, por quanto tempo, que tecnologia usar... são apenas algumas das questões que devem estar bem claras antes de iniciar qualquer implantação.

Apos a respostas destas e de outras questões, deve se analisar a capacidade, a necessidade e a possibilidade de montar ou eleger na comunidade uma equipe de telemática, que devera exercer toda implantação, manutenção e bem como estudo de investimentos futuro em novas tecnologias e claro proverem e fornecer o correto treinamento e suporte dos usuários e formar novos técnicos para atenderem as demandas conforme o crescimento e desenvolvimento da comunidade.

O passo seguinte devera ser a decisão por (quais equipamentos utilizar, quais programas utilizar, quais periféricos, mídias e acessórios utilizar, qual a forma de implantação e manutenção de tais tecnologias e principalmente os custos e a porcentagem de dependência externa que será causada por tais escolhas), para que se defina o que adquirir e comprar ou ainda em alguns casos produzir.

Depois de escolhidas e implantadas as tecnologias, devera ser feita toda documentação técnica (manuais e tutoriais sobre instalação, funcionamento e manutenção) de todos os equipamentos e softwares aplicados e utilizados, de forma que com o andar do tempo possa se realizar a sucessão da gerencia de telemática e sua equipe técnica sem dores de cabeça, prejuízos e perdas... Partindo do principio de comunidade auto-sustentável, será imprescindível que todo o material desenvolvido dentro e para a comunidade deva estar documentado conforme mencionado acima e disponível a todos de forma totalmente gratuita e desguarnecida de direitos autorais.

Finalizando a questão, vou lembrar que, é sim, plenamente viável ser auto-sustentável e ao mesmo tempo viver e utilizar a tecnologia, utilizando a como ferramenta para o desenvolvimento e administração da comunidade.

Vale lembra ainda, fazendo referencia a opção de equipamentos e softwares disponíveis, que também podemos rodar e armazenar dados e sistemas operacionais em cartões de memória flash (memory sticks) em discos virtuais na internet e em emails (citando o exemplo do Gmail, da Google que atualmente fornece o maior espaço em disco e ainda fornece ferramentas como agenda, editor de planilhas, editor de texto, editor de apresentações (vulgo Power Point da Microsoft) e ainda a possibilidade de salvar e armazenar estes documentos em seus servidores que possuem redundância na Europa, America do sul e America do norte, o que favorece a preservação dos dados mesmo que ocorram catástrofes em seus datacenters tudo totalmente gratuito ao usuário.

Temos também dentro da área de sistemas operacionais, alternativas gratuitas aos sistemas pagos (mediante compra de licença), como por exemplo, ao invés de utilizar o Windows da Microsoft temos uma excelente opção de Linux, com distribuição Ubuntu onde os desenvolvedores tomaram todo o cuidado para deixar o sistema mais gráfico e simples possível para que qualquer usuário com ou sem experiência possa fazer uso com tranqüilidade e a mesma produtividade que teria no sistema Windows.

Como base de dados, temos como exemplo gratuito o POSTGRESQL, um poderoso banco de dados relacional que vem nativamente em distribuições Linux, sendo totalmente gratuito e com suporte pela comunidade internacional de software livre.

E por ai vamos... Para conjunto de aplicações de escritório, editores de texto, planilhas e etc. Temos duas opções, o open Office e o Broffice sendo esta segunda, uma melhoria da primeira realizada por uma equipe brasileira e sendo totalmente em português.

Então deixo claro que sou a favor da telemática em prol da comunidade desde que bem gerenciada e que acredito poder utilizar tais recursos sem ferir ou ferindo minimamente os conceitos e valores das eco-vilas e comunidades auto-sustentáveis.

Lembro a todos que excelentes resultados dependem diretamente de excelentes escolhas!

- Veja também:
Videos Energia Eolica
Os males da Escrita

7 de novembro de 2009

Hidroenergia - A força das águas

Por Rômulo Rostand de Araújo Rodrigues

A Hidroenergia, aproveitamento das quedas d’água, tem a energia solar como fonte de renovação. O ciclo se dá através da evaporação da água dos rios, lagos, mares e oceanos, pela radiação solar direta e os ventos. O vapor d’água mistura-se com o ar atmosférico e sobe até formar as nuvens. Boa parte dessas nuvens é transportada pelos ventos até regiões de maior altitude. Através da chuva, a água é devolvida ao solo, passando a alimentar os rios em seus fluxos descendentes. A retenção temporária da água e liberação gradativa pelo solo e vegetação tem papel importante: o de perenização dos rios, funcionando como um regulador natural e garantindo uma certa estabilidade de vazão. Secundariamente, os lagos também contribuem para esse controle.

CARACTERÍSTICAS DA HIDROENERGIA

A hidroenergia possui vários atrativos. Entre eles, os sistemas de conversão apresentam alto rendimento - segundo Palz1 o rendimento na conversão de água represada em eletricidade pode chegar a valores próximos de 90 %. É facilmente armazenável na forma de energia potencial através de lagos, que podem ser artificiais. O controle da potência de saída é obtido com relativa facilidade e boa eficiência. Apresenta baixo nível der ruído e vibrações e pode ter baixíssimo impacto ambiental, caso das micro-usinas. Esses fatores tornam a hidroenergia uma das mais atrativas e de menor custo, inclusive ambiental. Tornando-a interessante até como forma de armazenamento em sistemas eólicos, para dar-lhes estabilidade e ou autonomia. Sua maior limitação como fonte energética está na disponibilidade, só algumas regiões dispõem de quedas d’água aproveitáveis.

PRIMEIROS REGISTROS DA UTILIZAÇÃO

Depois da força muscular e dos ventos, em embarcações, a primeira fonte de energia explorada pelo homem para obter energia mecânica foi seguramente a força das quedas d’água. Segundo Usher2, os primeiros usos da energia hidráulica vieram com a Nora, a roda d’água horizontal com acionamento direto e a roda d’água com engrenagens. Ele considerava que os três mecanismos tinham concepções distintas entre si. Ainda para Usher, apesar de não haver relatos sucintos e seguros o suficiente para se estimar datas, pode-se afirmar que o conhecimento da nora movida à água e do moinho com engrenagens já estava bastante sedimentado no final do primeiro século antes de Cristo. Quanto a roda d’água horizontal, por falta de registros confiáveis, achava apenas provável que já estivesse em uso. No tratado de Filon de Bizâncio, uma mostra aproximada das realizações mecânicas do século III a.C., já figuravam três aplicações de rodas d’água altas em dispositivos pequenos. Sobre as restrições dos registros de utilização de rodas d’água, Usher aponta algumas considerações pelas quais não pode dar um alto grau de certeza da veracidade ou descrição exata da concepção dos dispositivos: Os documentos na sua maioria são incompletos e, em geral, chegaram aos dias atuais como cópias e traduções sucessivas por diversas gerações e com alternância de diversos idiomas, carregando suspeitas de terem recebido revisões em seu conteúdo. Alguns se perderam, restando apenas referências em obras posteriores, caso do tratado de Ctesibius. A imprecisão nos desenhos e descrições juntamente com os poucos registros arqueológicos, aumentam a dificuldade. Além disso, a roda d’água, assim como o moinho de vento, não teve seu desenvolvimento ou concepção de forma pontual, seja em tempo ou espaço geográfico.

As referências para sua utilização após o século X na Europa são bem mais fartas. Na Enciclopédia Como Funciona, os autores citam que “... o registro do Domesday Book (cadastro das terras da Inglaterra elaborado por Guilherme, o Conquistador, em 1806) mostra que, para 3000 comunidades, havia no país 5.624 moinhos d’água” 5.

A importância das rodas d’água na revolução industrial e em todo o desenvolvimento tecnológico é destacada por diversos autores. A abundância de rios perenes na Europa, permitindo largo uso da roda d’água, foi fator essencial para o desenvolvimento da indústria, principalmente a siderúrgica, um dos suportes da revolução industrial.

Um outro dispositivo primitivo e bem distinto, com poucas referências em relação a sua origem é o monjolo. Utilizado para socar milho, arroz, café e amendoim, o monjolo tem seu uso no país desde a época colonial podendo ser encontrado em algumas regiões com disponibilidade de quedas d’água, com boa incidência em São Paulo e Espírito Santo.De dimensões reduzidas, feito a partir de troncos de árvores, o monjolo funciona como um balancim em movimento oscilante, repetido graças variação de equilíbrio dada alternadamente pelo enchimento da cavidade existente em uma de suas extremidades por um filete de água e posterior esvaziamento que ocorre em conseqüência da inclinação da haste, resultante do enchimento. Segundo o site Jangada Brasil, o monjolo teve sua origem na Ásia:

Não se sabe ao certo sua origem; sabe-se, porém, que Braz Cubas foi quem primeiro providenciou a sua instalação nas proximidades da atual cidade paulista de Santos, quando de sua fundação. Os índios logo denominaram a rudimentar máquina de enguaguaçu, que significa: pilão grande, nome que passou à localidade onde o primeiro foi instalado.

Supõe-se que o monjolo foi trazido ao Brasil pelos povoadores portugueses da China. Na verdade, na seção chinesa da Exposição Universal de 1873, em Viena, foram expostos modelos de monjolos, denominados chui toi no Celeste Império. 6

O monjolo pode ainda ser encontrado funcionando em algumas regiões do Brasil, pelo menos como atrativo turístico em hotéis fazenda.

SURGIMENTO DAS TURBINAS HIDRÁULICAS

A máquina a vapor representou grande impulso na revolução industrial. As industrias, antes quase que exclusivamente instaladas junto a quedas d’água, principal força motriz até então, passaram a contar com uma nova propulsão que não dependia mais da localização geográfica podendo produzir energia em quantidades bem maiores que as que se obtinha até então, seja com a força animal, moinhos de vento ou rodas d’água. Unidades de geração de força passaram a ser possível em qualquer lugar onde houvesse disponibilidade de combustível, viabilizando novas unidades industriais, antes impensadas, seja pelo local da instalação ou pelo volume de produção.

É incontestável a grande ampliação de alcance que a máquina a vapor trouxe para a indústria, abrindo novos horizontes. Mas seu desenvolvimento não relegou o papel da roda d’água a segundo plano. O fato de que as regiões que detinham a produção até então dispunham de importantes fontes de hidroenergia e nem sempre podiam dispor de carvão a preços razoáveis com facilidade, garantiu a continuidade do incentivo ao desenvolvimento dos motores hidráulicos.

Essa busca por máquinas mais eficientes resultou, por refinamento sucessivo, na turbina hidráulica por Fourneyron, em1832. Os tipos de roda d’água até então conhecidos - o vertical e o horizontal - tinham como limitações: o aproveitamento parcial do potencial de queda d’água disponível, exigir grandes dimensões por unidade de potência e apresentar baixo rendimento. Em comparação com os modelos primitivos de roda d’água a turbina trouxe novos parâmetros de eficiência energética, tamanho reduzido e maior capacidade de aproveitamento da energia potencial das quedas d’água, chegando a níveis da quase totalidade.

Os três tipos de motores hidráulicos diferenciam-se quanto a forma de aproveitamento da força d’água. Na roda alta o peso da água aprisionada nas cavidades periféricas (cubas), pelo derramamento do fio de água na parte superior, apenas de um lado, é que resulta na força de torção. Por isso esse tipo é também conhecido como motor hidráulico de nível ou por gravidade. 3

A roda baixa aproveita o impacto da corrente de água na sua parte inferior que fica imersa na correnteza provocando o empuxo em suas pás, que acompanham o fluxo rápido das águas.

Na turbina de ação, a água é represada e canalizada até a mesma, podendo ser aproveitado todo o potencial da altura da queda d’água. A pressão da coluna d’água é transformada em energia cinética pelo escoamento através dos dutos. A ação do fluxo da água interagindo com as pás curvas da turbina numa mudança acentuada de direção provoca a força de torque. O melhor rendimento é alcançado quando a energia cinética na jusante, mais precisamente na saída da turbina, é quase nula. Isto é alcançado quando o deslocamento das pás tem aproximadamente a metade da velocidade do fluxo da água. Aliás, o deslocamento relativo da água em relação às pás é um diferencial do seu funcionamento em relação às rodas d’água, já que naquelas as pás acompanham a velocidade da água.

O desenvolvimento das turbinas de ação trouxe novas possibilidades de exploração da hidroenergia, permitindo se produzir energia em quantidades muitas vezes superiores com instalações bem menores, além de poder explorar potencias antes adversos como as quedas de grande altura e baixa vazão.


HIDROENERGIA E ELETRICIDADE – CASAMENTO BEM SUCEDIDO

A turbina hidráulica ampliou em muito os atrativos da hidroenergia, principalmente para a indústria, que passou a dispor de uma fonte barata e com oferta de grandes potências, sem requerer para isso grandes vazões de água, no caso de haver boa altura de queda. O fato das indústrias necessitarem de serem instaladas junto às quedas d’água continuou sendo um inconveniente. Além disso, em geral só se era aproveitada uma parcela muito pequena do potencial de hidroenergia disponível.

Ainda no século XVIII, com o desenvolvimento do domínio da eletricidade através de descobertas e invenções como o dínamo, o alternador, a lâmpada e do motor elétrico, passou a ser possível se converter energia mecânica em energia elétrica, que por sua vez poderia ser convertida diretamente em diversos outros tipos de energia, atendendo diversas necessidades. Os sistemas comerciais de produção de eletricidade apareceram por volta de 1881, depois do desenvolvimento da lâmpada de Thomas Edison. As primeiras centrais de produção elétrica foram desenvolvidas por Edison. Eram destinadas à iluminação, produziam corrente contínua, acionadas por máquinas a vapor, e ficavam próximo ao ponto de consumo. Mas, em pouco tempo, com o desenvolvimento dos motores, geradores e sistemas de distribuição, o uso da eletricidade se expandiu para a tração e para indústria. O desenvolvimento de sistemas de transmissão em corrente alternada e alta tensão passaram a permitir o transporte de eletricidade a longas distâncias com perdas reduzidas, favorecendo o uso da hidroeletricidade.

Já em 1897 entrou em funcionamento a Niágara Falls, hidrelétrica com sistemas de geração e distribuição idealizados por Nikola Tesla e construídos pela Westinghouse, que se tornou o modelo predominante de geração e distribuição até os dias atuais: geração em corrente alternada e transmissão em alta tensão.

As hidrelétricas, sistemas de conversão da hidroenergia em energia elétrica, representam grande rendimento e versatilidade. Nelas, todas as características de: facilidade de armazenamento, alto rendimento nas conversões e baixo custo da hidroenergia se aliam as da eletricidade.

A eletricidade é um vetor energético - não é uma fonte primária de energia - dos mais versáteis e desejáveis: Permite conversões diretas nos diversos tipos de energia – térmica, luminosa, eletromagnética, química e mecânica - com excelente rendimento. È a energia requerida dos sistemas eletrônicos em geral. Possibilita transporte direto à longa distância com pouca perda. E, os equipamentos para seu uso permitem excelente controle de potência, funcionamento imediato, comando a distância e não apresentam ruído, vibração ou poluição atmosférica.

Sistemas hidroelétricos são viáveis com grande diversidade de configuração e tamanho. As hidrelétricas são classificadas atualmente no Brasil em dois grupos o das PCH – Pequenas Centrais Hidrelétricas e GCH – Grandes Centrais Hidrelétricas. A micro-usinas, divisão menor na sub-classificação das PCH’S, são encontradas comercialmente no Brasil com valores nominais a partir de 300 watts/hora.8

Fonte:
http://www.aondevamos.eng.br/textos/texto07.htm


- Veja também:
A Araucária
Videos Energia Eolica

30 de outubro de 2009

Receitas de Geléias

É bom aproveitar a temporada de cada fruta e preparar geléias para o ano inteiro. Para conservar bem, acondicione em vidros esterilizados com água fervendo e bem tampados. Depois de abertos, guarde na geladeira. Se for guardar fora da geladeira, é preciso utilizar vidros próprios para conservas. Depois de bem fechados, coloque os vidros em água fria, leve ao fogo e ferva por meia hora. Deixe esfriar na água.

Quem nunca ouviu falar do uso de panelas de cobre para cozimento de doces?
Os óxidos de cobre que "revestem" as panelas favorecem o "ponto" das geléias: o cozimento das frutas libera moléculas de pectina contidas nas mesmas e o cobre se encarrega de reunir essas moléculas formando um rede que aprisiona a água e as frutas.
Mas para quem não tem essa maravilhosa panela, saiba que o cálcio tem a mesma propriedade: coloque nos doces uma pitada de citrato de cálcio, ou um pouco de suco de limão, o efeito será o mesmo.

Geléia de Abacaxi
Ingredientes:
1 kg de abacaxi descascado e picado sem o centro
2 e 1/2 kg de açúcar
1 xícara de água
1/2 limão em fatias

Preparo:
Misture tudo, ferva em fogo brando até o açúcar se dissolver.
Cozinhe em fogo forte até engrossar (30 minutos), mexendo sempre.
Processe por 15 minutos.



Geléia de Casca de Abacaxi

Ingredientes:
Casca de abacaxi
Água
Açúcar

Preparo:
Ferva a casca do abacaxi com água até ficar bem macia. Bata no liqüidificador, passe na peneira, leve ao fogo com peso igual de açúcar.
Ferva até aparecer o fundo da panela.



Geléia de Abacaxi e Hortelã

Ingredientes:
2 xícaras de suco de abacaxi
1 e 1/2 xícaras de açúcar
Suco de 3 limões
1 colher (sopa) de folhas de hortelã picadas

Preparo:
Ferva o suco de abacaxi, junte o açúcar e o limão, mexa e ferva até dar o ponto (15 minutos).
Junte a hortelã.



Geléia de Abricó

Ingredientes:
100g de abricó seco
600g de mamão vermelho maduro
Caldo de 2 limões
600g de açúcar

Preparo:

Deixe o abricó numa vasilha com água por 24 horas.
Escorra a água e bata no liqüidificador com o mamão.
Junte o açúcar e o limão, Leve no fogo e deixe até dar o ponto (desprender da panela).





Geléia de Acerola

Ingredientes:
1 litro de acerolas
1/2 litro de água
Açúcar

Preparo:

Bata a acerola com a água no liqüidificador, coar, ferver.
Pese, junte igual a quantidade de açúcar.
Dar o ponto.



Geléia de Ameixas Pretas

Ingredientes:
300 g de ameixas pretas
1/2 colher (sopa) de suco de limão
1e 1/2 xícara de açúcar

Preparo:
Coloque as ameixas de molho com um pouco de água.
A seguir retire o caroço e bata no liqüidificador somente 250g , as 50g restantes reserve.
Leve tudo ao fogo até dar o ponto com as 50g bem picadinhas.



Geléia de amora

Fruta silvestre, a amora já pode ser encontrada em alguns supermercados e feiras-livres. Aparece em março e abril. Aproveite!

Ingredientes:
1 quilo de amoras
½ quilo de açúcar refinado

Modo de preparar
1. Bata as amoras no liqüidificador com pouca água e coe em coador fino.
2. Misture o açúcar e leve ao fogo, mexendo sem parar até ficar no ponto
3. Deixe esfriar na panela e acondicione em vidros.



Geléia de Banana

Ingredientes:
24 bananas nanicas
Açúcar
Caldo de 6 limões vermelho (limão francês)

Preparo:
Cozinhe as bananas com pouca água até se desfazer, passe pela peneira e leve ao fogo com o mesmo peso de açúcar e caldo de limão.
Ferva e vá juntando a água aos poucos até tomar uma cor avermelhada e apareça o fundo da panela.



Geléia de Cacau

Produto obtido do suco da polpa das amêndoas ( mel-de-cacau) através da concentração e equilíbrio entre açúcar, pectina e ácido. Os mesmos são encontrados naturalmente no mel em proporções variáveis, levando-se em conta a época do ano, maturação do cacau, período de colheita e quebra do fruto (nunca utrapassar 24h). A extração do mel deve ser feita logo após a quebra dos frutos.
O açúcar deve ser de boa qualidade e solúvel; a sacarose e/ou glucose devem ser usadas em quantidades, que no final da concentração obtenha-se uma geléia com 67 a 70% de sólidos solúveis
A pectina constitui elemento fundamental necessário a formação de gel. Durante as condições normais de colheita do cacau, este componente é encontrado no mel em quantidade suficiente para a geleificação, bastando que o cacau seja colhidos e quegrados no mesmo dia.
O ácido é também necessário a formação do gel, e na sua falta, poderá limitadamente adicionado sob a forma de ácidos cítrico ou tartárico. A quantidade de ácido a ser adicionado ao mel de ve ser suficiente para a geleificação da geléia.
Nota: Não é necessário a adição deste ácido se o cacau é colhido e quebrado no mesmo dia e imediatamente processada a geléia.

COMO OBTER O MEL DO CACAU:
Colheita do cacau:
Deve se escolhido frutos do cacau maduros e sadios.
Nos frutos passados, a pectina já está em degradação, o que dificulta a geleificação, resultando num produto em forma de puxa.
Quebra do cacau:
O cacau deve ser colhidos e quebrados no mesmo dia, obtendo-se com isso uma geléia clara, de boa qualidade, com a consistência ideal.
Extração do mel:
Para se obter um mel de boa qualidade recomendamos o uso de uma caixa-prensa (bem popular na região cacaueira).
Nos casos emergenciais o pião cobre o solo em declive com folhas de bananeiras, cavando um buraco e colocando um vasilhame para coletar o mel.

Preparo da Geléia:
Logo após a coleta, o mel deve ser coado em pano fino e despejado em vasilhame de aço inoxidável ou alumínio. Acrescentar de 500 a 600g de açúcar por cada litro de mel e leva-se ao fogo.
Deixar cozinhar por mais ou menos 20 minutos, tempo suficiente para se obter o ponto em placas. Mergulhe a escumadeira ou colher, caso a geléia forme uma placa na borda da escumadeira, indica que está no ponto ideal.
Pode-se conhecer o ponto ideal da geléia por meio da temperatura, entre 105 a 110ºC
Terminado o processo, quando a geléia ainda se encontrar bastante quente, despeja-se em qualquer embalagem com fechamento Hermético (evitando contaminação por entrada de ar), em seguinda emborque os potes por 1 minuto para esterelizar as tampas.

Nota:
Retire com auxílio de uma colher a espuma formada na superfície.
Nunca colocar mais de 6 litros desta mistura que irá resultar num produto escuro e puxa.



Geléia de Cajá-manga

Ingredientes:
Cajá-manga
200g Açúcar

Preparo:
Cozinhe os cajá-manga em um pouco de água.
Depois de cozidos, esmague e passe tudo em uma peneira fina.
Para cada xícara de caldo, junte o açúcar.
Leve ao fogo até o ponto de geléia.



Geléia de Caju

Ingredientes:
Caju
Açúcar
1 casquinha de limão

Preparo:
Descasque o caju, corte em pedaços e cozinhe com pouca água, até ficar macio, passe por peneira.
Acrescente a mesma quantidade de açúcar, coloque em uma panela, junte o limão e cozinhe até dar ponto.



Geléia de Caqui

Ingredientes
1 e 1/2 Kg de caqui bem maduro
1 Kg de açúcar
1/2 limão
1 copo de água

Modo de preparo
Retire os centros dos caquis e lave-os delicadamente. Procure retirar a pele fina que os recobre. Passe-os por uma peneira e reserve.
Leve ao fogo o açúcar e a água.Quando dissolver, junte a casca de limão.
Deixe tomar gosto.
Retire a casca de limão e junte o caqui reservado. Cozinhe em fogo brando, mexendo freqüentemente, até engrossar.
Espere esfriar e guarde em vidros que fechem hermeticamente.



Geléia de Carambola

Ingredientes:
1 kg de carambolas
1 kg de açúcar

Preparo:
Corte as quinas, fatie e retire as sementes.
Leve ao fogo e mexa de vez enquanto até que solte do fundo da panela.



Geléia de Cenoura e Laranja

Ingredientes:
2 laranjas
4 limões
Casca de 1 laranja e 2 limões ralados no ralo grosso
6 xícaras de água
4 xícaras de cenouras cruzas raladas
Açúcar

Preparo:
Esprema a laranja e o limão, reserve o suco.
Cozinhe as cascas com 3 xícaras de água por 30 minutos até ficar macia.
Junte a cenoura 3 xícaras de água e cozinhe por 20 minutos.
Junte o suco da laranja e o limão.
Para cada xícara da mistura adicionar 2/3 de xícara de açúcar.
Ferva aproximadamente por 1 hora até dar ponto.
Processar 10 minutos.



Geléia de Damasco

Ingredientes:
200g de damasco seco
1/2 pacotinho de gelatina em pó branca sem sabor

Preparo:
Cubra os damascos com água e deixe de molho durante a noite.
No dia seguinte, escorra o excesso da água e leve ao fogo brando, mexendo constantemente até o damasco ficar bem macio, a ponto de se desmanchar.
Tire do fogo e passe pela peneira ou bata no liqüidificador.
Misture a gelatina com três colheres (sopa) de água fria e deixe descansar por uns três minutos.
Junte depois ao purê quente de damasco e mecha para derreter.
Se necessário leve novamente ao fogo.
Guarde a geléia em pote e leve à geladeira.



Geléia de Figo Fresco

Ingredientes:
2 kg de figos frescos
1 limão em rodelas
4 xícaras de açúcar
1 xícara de água

Preparo:
Lave e descasque os figos.
Ferva o açúcar e a água 5 minutos.
Junte o figo e o limão e cozinhe rapidamente até ficar transparente



Geléia de Figo com Maçã

Ingredientes:
16 figos
1 maçã ácida ralada
2 xícaras de açúcar

Preparo:
Descasque os figos, corte em pedaços e leve ao fogo com a maçã e o açúcar, mexa até desmanchar o açúcar.
Cozinhe mexendo de vez em quando até dar ponto.



Geléia de Goiaba

Para fazer esta geléia pode-se usar a goiaba inteira ou aproveitar as cascas e caroços que sobraram do preparo da goiabada e da compota.

Ingredientes
1 quilo de massa de goiaba
½ quilo de açúcar

Modo de preparar:
1. Para obter a massa de goiaba, bata as goiabas inteiras, ou as cascas e caroços, no liqüidificador e passe na peneira ou coador grosso.
2. Misture o açúcar e leve ao fogo brando, mexendo sem parar até ficar no ponto
3. Deixe esfriar na panela e acondicione em vidros.



Geléia de jabuticaba

Fruta tipicamente brasileira, a jabuticaba dá uma excelente geléia. Aproveite o tempo da fruta, dezembro e janeiro, para preparar geleia para o ano todo!

Ingredientes
1 quilo de jabuticabas
1 copo de água
¾ de quilo de açúcar

Modo de preparar

1. Ferva as jabuticabas na água durante 15 minutos.
2. Bata no liqüidificador e coe, ou passe em peneira grossa.
3. Acrescente o açúcar e leve ao fogo brando, mexendo sem parar até ficar no ponto.
4. Deixe esfriar na panela e acondicione em vidros



GELEIA DE KINKAN

Kinkan: Tipo de laranja bastante difundido no Japão, miúda e de casca comestível. Muito utilizada na gastronomia.

- 1 kg de kinkan
- 1 kg de açúcar
- 1 litro e meio de água

Espetar as laranjinhas e levá-las direto ao fogo. Colocá-las na água e trocar esta água 4 vezes durante um dia, Cortar a tampinha e retirar o miolo. Ferver por 3 vezes. Fazer uma calda com 1kg de açúcar e um litro e meio de água. Ferver a kinkan na calda. Deixe descansar por 24 horas. Ferva novamente no dia seguinte. Deixe esfriar e acomode em potes de vidro esterilizados e com tampa.



Geléia de Laranja à Inglesa

Ingredientes:
9 laranjas grandes
2 kg de açúcar

Preparo:
Corte as laranjas em 4 partes.
Deixe de molho em água, de um dia para outro.
No dia seguinte, retire os caroços e passe a laranja pela maquina de carne, as laranjas são usadas com as cascas.
Misture ao açúcar e leve ao fogo, com a água em que as laranjas ficaram de molho.
Quando começar a apertar o ponto, mexa sem parar, até enxergar o fundo da panela.



Geléia de laranja cravo ou tangerina

É uma geléia deliciosa que dá um pouco de trabalho, mas compensa!

Ingredientes
20 tangerinas ou laranjas cravo grandes
1 quilo de açúcar

Modo de preparar
1. Descasque as tangerinas e tire os caroços.
2. Junte aos gomos as cascas de duas frutas moídas ou raladas.
3. Leve ao fogo com pouca água e deixe ferver durante 15 minutos, amassando de vez em quando a massa com uma colher de pau
4. Retire do fogo e passe a massa numa peneira ou coador grosso
5. Acrescente o açúcar e leve ao fogo, mexendo sem parar até ficar no ponto
6. Deixe esfriar na panela e acondicione em vidros



Geléia de Limão Cremosa

Ingredientes:
100 g de margarina
300 g de açúcar
4 limões médios (raspa e suco)
3 ovos

Preparo:
Derreta a margarina em fogo brando, junte o açúcar e o limão.
Bata a clara em neve no liqüidificador, juntando as gemas uma a uma.
Leve ao fogo mexendo até aparecer o fundo da panela.



Geléia de Maçã

Ingredientes:
Maçã
Açúcar

Preparo:
Corte em quatro com a pele e sementes, cubra com água e leve ao fogo até ficar bem macia.
Passe uma peneira e para cada xícara de caldo junte 200g de açúcar.
Leve ao fogo até dar o ponto (aparecer o fundo da panela).



Geléia de Casca de Maçã

Ingredientes:
As cascas grossas de 6 maçãs vermelhas
5 copos de água
Sementes das maçãs
Açúcar

Preparo:
Leve as maças a água e sementes ao fogo.
Reduza e passe na peneira, junte a quantidade de açúcar na proporção de 3 frutas para 2 de açúcar, mexa e leve ao fogo até dar o ponto.



GELÉIA DE MAMÃO

Ingredientes:
01 kg de mamão maduro de qualquer variedade
02 xícaras de chá de açúcar
1/2 xícara de chá de suco de limão.

Modo de preparo:
Retire a polpa do mamão sem as sementes e bata no liquidificador até ficar uma polpa homogênea e fina. Colocar a polpa em uma panela e acrescentar o açúcar, limão e deixar cozinhar até dar o ponto de uma pasta grossa, que será a geléia. A cor fica um laranja forte e o sabor é delicioso.

Dicas:
Em tacho de cobre a fruta escurece. Se quiser pode colocar especiarias a gosto. Esta pasta além de nutritiva é laxativa.



Geléia de Mamão e Laranjas

Ingredientes:
Mamão
Laranjas
Açúcar

Preparo:
Pese o mamão e junte a metade do peso em laranjas, lave, tire os caroços, esprema para tirar o suco.
Moa a casca e junte o suco, o mamão descascado e cortado em pedaços pequenos, ferva e junte o açúcar em peso igual o do mamão.
Ferva novamente por 15 minutos.



GELEIA DE MANÁ-CUBIU

Ingredientes:
1 Kg de frutos de Maná-cubiu
700 g de açúcar

Modo de preparar:
Descasque os frutos, corte em bandas e retire as sementes. Coloque os frutos em uma panela e adicione água até cobrir os frutos. Cozinhe os frutos por um período de 40 minutos, tempo em que formará uma calda de cor amarela. Escorra os frutos num escorredor e reserve a calda. Coloque a calda e o açúcar na panela e deixe ferver em fogo brando. Mexa até atingir o ponto de geleia. Geralmente o ponto é atingido, quando a substância pastosa começa grudar no fundo da panela.

Obs.: Após escorrer o suco, a polpa que sobra na peneira ou escorredor é levada ao fogo acrescentando-se 50% de seu peso de açúcar cristal. Manter ao fogo mexendo sempre até atingir a consistência do doce de abóbora. Alguns cravos dão um toque especial.



Geléia de Manga com Canela

Ingredientes:
1 kg de manga carlotinha
1 kg de açúcar cristal
1 pedaço de canela em pau

Preparo:
Descasque a manga e bata no liqüidificador, ferva o açúcar e a canela até aparecer o fundo da panela.



Geléia de Manga com Laranja

Ingredientes:
1/2 limão
1/2 laranja
1/2 xícara de suco de laranja
5 xícaras de manga madura descascada e picada
3 xícaras de açúcar

Preparo:
Corte o limão e a laranja em fatias bem finas e ao meio.
Misture com o restante, ferva e mexa.
Cozinhe até dar o ponto.



GELÉIA DE MARACUJÁ

Ingredientes:

1 copo de concentrado e maracujá
1/2 copo de açúcar
1/2 copo de pectina

Modo de Fazer:
Misturam-se os três ingredientes, leva-se ao fogo. Quando ferver, abaixar a chama, não mexer e ir retirando a espuma que formar. Quando formar ponto de fio fraco, retirar do fogo, esperar esfriar, colocar em frascos esterilizados, guardar em local fresco e escuro.



Geléia de Marmelo

Ingredientes:
Marmelo
Açúcar

Preparo:
Descasque o marmelo, pique em 4 e cozinhe em água até se desfazer.
Coe espremendo bem.
Para cada copo de suco, junte 2 de açúcar, mexa até dissolver e junte o caldo de limão e ferva até dar o ponto (20 minutos).



Geléia de Melão e Pêssegos

Ingredientes:
2 xícaras de melão
2 xícaras de pêssegos
1/4 xícara de limão
4 xícaras de açúcar

Preparo:
Bata o melão no liqüidificador, descasque e pique os pêssegos, cozinhe com limão e açúcar, até ficar grosso e transparente.



Geléia de morango

Esta é uma das geléias mais apreciadas. Para que fique bem saborosa, use sempre morangos bem maduros. Retire com uma escumadeira a espuma que vai se formando durante o início do cozimento.

Ingredientes
1 quilo de morangos
½ quilo de açúcar
suco de 1 limão

Modo de preparar
1. Lave bem os morangos e deixe-os de molho na água limpa por meia hora
2. Escorra, corte em fatias e misture bem com o açúcar, deixando descansar por duas horas.
3. Acrescente o suco de limão e leve ao fogo brando, mexendo sem parar até ficar no ponto
4. Deixe esfriar na panela e acondicione em vidros.



Geléia de Pêras

Ingredientes:
2 kg de pêras
2 colheres (sopa) de limão
750g de açúcar para cada quilograma de pêra

Preparo:
Junte as pêras picadas ao açúcar e limão, deixar macerar por 2 horas.
Cozinhe de 15 a 20 minutos, até o ponto de geléia.



Geléia de Pêssego

Esta receita fica melhor se preparada com pêssegos não muito maduros. Pode-se também aproveitar as cascas que sobraram na preparação da compota

Ingredientes
2 quilos de pêssegos
1 quilo de açúcar
cravo e canela

Dica:
Se estiver usando só as cascas para fazer a geléia, bata-as no liqüidificador com um pouco de água, junte o açúcar e leve ao fogo brando para apurar
Modo de preparar
1. Ponha os pêssegos para cozinhar em pouca água até amolecer bem.
2. Retire os caroços, misture a massa de pêssegos ao açúcar.
3 .Coloque o cravo e a canela e leve ao fogo brando mexendo sem parar até ficar no ponto.
4. Deixe esfriar na panela e acondicione em vidros



Geléia de Pêssegos e Laranjas

Ingredientes:
5 xícaras de suco de laranja
3 xícaras de pêssegos picados
2 e 1/2 xícara de pectina caseira
Casca ralada de 1 laranja
7 xícaras de açúcar

Preparo:
Retire a pele e a semente do pêssego, corte em pedacinhos, misture os ingredientes e cozinhe em fogo brando, coloque em vidros.



Geléia de Pimenta

Rendimento: 15 porções
Ingredientes:
1 unidade(s) de abacaxi picado(s)
700 gr de açúcar
6 unidade(s) de pimenta dedo-de-moça

Preparo:
Bata no liquidificador o abacaxi com 3 copos de água, coe e acrescente o açúcar, as pimentas picadas (3 com sementes 3 sem sementes). Leve ao fogo por 30 minutos até que fique em ponto de geléia mole. Coloque em vidros. Use para acompanhar carnes, pernil, tender, etc.
Obs:Pode-se usar também; outras frutas, morango, kiwi, etc.



Geléia de Pimentão

Rendimento: 20 porções
Calorias: 15,00 kcal
1/4 xícara(s) (chá) de óleo de canola
1 xícara(s) (chá) de cebola picada(s)
1 xícara(s) (chá) de pimentão vermelho picado(s)
1 xícara(s) (chá) de vinagre branco
1/2 xícara(s) (chá) de adoçante em pó

Misture os ingredientes e leve ao fogo até encorpar por cerca de 15 minutos. Sirva com torradinhas.




Geléia de Pitangas

Ingredientes:
1 litro de pitangas
1/2 litro de água
Açúcar

Preparo:
Retire o caroço da pitanga e ferva com água.
Retire do fogo e passe na peneira sem a água, junte o açúcar no mesmo peso da pitanga.
Cozinhe até dar o ponto.



Geléia de Rosa (alemã)

Ingredientes:
1/2 kg de pétalas de rosas vermelhas colhidas cedo com orvalho
1/2 copo de vinho tinto licoroso

Preparo:
Faça uma calda de açúcar e deixe no ponto de fio.
Acrescente o vinho, junte as rosas sem lavar, (limpe com um pano) e deixe de 1 a 2 minutos.
Depois de fria, guarde em vidro.
É deliciosa e incrivelmente perfumada.



Geléia de Rosas e Maçã

Ingredientes:
1/2 kg de maçãs
Açúcar
Pétalas de rosas brancas (sem unhas)

Preparo:
Cozinhe as maçãs em pedaços com casca e sementes, água para cobrir, coar o líquido sem apertar os pedaços.
Para cada xícara de suco, use uma xícara de açúcar e um punhado de pétalas.
Cozinhar até dar o ponto.



Geléia de Tangerinas

Ingredientes:
1 litro de suco de tangerina
1 kg de açúcar
Caldo de 3 limões
Casca de 1 limão

Preparo:
Misture o suco e o açúcar, junte o caldo e a casca do limão, abaixe o fogo e cozinhe até dar o ponto, mexendo sempre.



Geléia Ducia de Amor

Ingredientes:
250 g de ameixas pretas
6 mexericas
Açúcar

Preparo:

Descasque as mexericas, tire a pele e corte em pedaços bem miúdos.
Pique as ameixas.
Leve tudo ao fogo mexendo bem não para quando começar a engrossar, apure até dar o ponto de geléia.



Geléia de Tomate Verde

Ingredientes:
1 kg de tomates verdes
2/3 xícara de suco de limão
1/2 kg de açúcar

Preparo:
Cozinhe os tomates picados sem sementes com o suco de limão por 30 minutos ou até ficarem macios.
Passe numa peneira e volte à panela.
Adicione o açúcar e cozinhe até o ponto de geléia



Geléia de Tomates Tropical

Ingredientes:
1 kg de tomates maduros
6 bananas nanicas
Suco de 6 laranjas
1/2 kg de açúcar

Preparo:
Tire as sementes dos tomates, bata com a banana e o suco no liqüidificador.
Junte o açúcar e leve ao fogo até dar o ponto.



Geléia de Tomates Vermelhos

Ingredientes:
1/2 kg de tomates vermelhos
1/2 kg de açúcar

Preparo:
Lave os tomates cortados ao meio, sem sementes, ao fogo comum pouco de água.
Deixe cozinhar por alguns minutos.
Passe por uma peneira fina, junte o açúcar e leve ao fogo novamente até ver o fundo da panela.
Mexa de vez enquanto para não pegar no fundo.
Querendo junte caldo de limão.



Geléia de Uva e Limão

Ingredientes:
1 e 1/2 kg de uvas pretas
4 e 1/2 xícaras de açúcar
Suco e casca ralada de 2 limões e 2 laranjas

Preparo:
Lave as uvas, cozinhe-as com água fervente por 2 minutos, escorra, passando de baixo de água fria, retire a polpa, passe na peneira para retirar os caroços, pique a casca e misture com 1/4 de xícara de água.
Cozinhe por 20 minutos.
Misture com a polpa e o açúcar.
Junte a casca de limão e laranja, cozinhe até dar o ponto de geléia.



Geléia de Uvas pretas com Passas

Ingredientes:
2 e 1/2 kg de uvas pretas
2 kg de açúcar
Suco e casca ralada de 2 laranjas
1 xícaras de passas
1 xícaras de nozes

Preparo:
Retire a polpa das uvas, cozinhe até as sementes se soltarem.
Passe por peneira para retirar as sementes e moer a casca, misture com a polpa o açúcar, suco e a casca de laranja e passas.
Junte as nozes picadas, cozinhe mexendo até a mistura cair lentamente de uma colher.



Geléia de Uvas Verdes

Ingredientes:
Uvas
Açúcar

Preparo:
Lave as uvas e deite-as num tacho com pouca água.
Leve ao fogo para cozinhar, até as uvas soltarem bem o caldo, coloque 200g de açúcar.
Leve ao fogo até dar o ponto.

Fontes:
http://www.novasociedade.com.br/cozinha/receitas/geleia.html#gdp
http://tvtem.globo.com/culinaria/receita.asp?codigo=2623&EditoriaID=54
http://www.todafruta.com.br/todafruta/mostra_conteudo.asp?conteudo=7118
http://cybercook.terra.com.br/receita-de-geleia-de-pimenta-com-abacaxi.html?codigo=9742


- Veja também:
Como cultivar um pomar
Receitas com amendoim
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