26 de abril de 2012
CD Bicicleta
Por Adrian Rupp
Reuni em um CD informações para ajudar a usar bicicletas de forma mais autossustentável em comunidades.
Lembro sempre que a adoção de bicicletas não é obrigatória para uma comunidade, existe todo um leque de alternativas de transporte autossustentável que merece ser avaliado.
Usei racionamento de mídia, o que significa bastante conteúdo em pouco espaço de memória.
São videos, textos imagens sobre manutenção de bikes, cicloturismo, etc.
Não sei quanto tempo o arquivo estará on-line pois atualmente estamos numa crise de armazenamento de arquivos grandes na Internet.
Tamanho do arquivo: 701,87 MB
Formato: .iso
Link para baixar a imagem de CD:
http://uploaded.to/file/59zqq5e9
clique em 'free download' e espere uns segundos, depois clique em 'donwload starten'.
10 de abril de 2012
Bicicleta autossustentável

Por Adrian Rupp
Introdução
A ideia neste texto é apresentar dicas para que comunidades possam adotar a autossustentabilidade no uso de bicicletas.
Antes de tudo usar bicicletas numa comunidade é opcional. Toda a comunidade necessita de soluções de transporte, mas é preciso avaliar as condições ambientais e custos das alternativas escolhidas. O paradigma ocidental coloca o automóvel como meio de transporte central e o transporte terrestre como principal, porém numa comunidade alternativa não precisamos ficar tão limitados. No geral ao longo da história, comunidades humanas preferiram o transporte à pé ou aquático por sua fácil manutenção, baixo custo, liberdade, discrição e empoderamento humano. De outro modo, a civilização ocidental priorizou a velocidade e o conforto.
Normalmente quando dirigimos um carro estamos perdendo poder enquanto quando andamos de bicicleta, por exemplo, estamos ganhando poder. Um carro exige altos custos que são pagos com várias horas trabalhadas. Enquanto uma bicicleta exige baixos custos e nos ajuda a desenvolver capacidades físicas. Este é o empoderamento que a bicicleta trás. Poderia-se argumentar que o carro trás uma liberdade que a bicicleta não permite. Porém essa liberdade precisa ser comprada e para mim pagar para ser livre não conta como liberdade.
Não sou especialista em bicicletas então certamente meu texto não vai estar tão profundo quanto poderia, mas vou apontar uma direção que pode ser tomada.
Então vamos ao que interessa.
A escolha da bicicleta
Uma bicicleta autossustentável não depende de estradas asfaltadas ou de uma manutenção complexa. Sendo assim nos aproximamos de uma montain bike e evitamos sistemas de suspensão que exigem muita manutenção. Existem também bicicletas que são vendidas no interior, geralmente sem marchas, com manutenção simples e com proteção contra lama e poeira. Aparentemente são mais preparadas para estradas de chão batido, mas tenho dúvidas se elas funcionariam em terrenos mais acidentados. Normalmente elas não usam cabos, que é um item pouco durável nas demais bicicletas.
Creio que o minimo seriam 4 bicicletas: Duas em uso para viagens em duplas e duas sobressalentes para fornecerem peças. A comunidade pode tanto tratar a bicicleta como um bem particular quanto como um bem público do coletivo, ou mesmo ter bicicletas que são do coletivo e outras que são de indivíduos.
A oficina
A oficina é o espaço de aprendizado, trabalho e socialização. Aqui estão reunidas as ferramentas, peças sobressalentes e estrutura para viabilizar o conserto de bicicletas e o empoderamento das pessoas. Claro que numa comunidade nova não conseguimos ter uma oficina exclusiva para bicicletas e usamos a mesma oficina para várias atividades diferentes.
O ponto mais delicado para a autossustentabilidade de bicicletas é o óleo lubrificante. O lubrificante é um item consumível daí a importância de produzir tal óleo. Geralmente os óleos comerciais são derivados do petróleo e são extremamente perigosos para o meio ambiente. O ideal é desenvolver um óleo a partir de alguma planta que seja abundante na comunidade. Infelizmente este tema está muito pouco desenvolvido. Algumas comunidades produzem óleos, principalmente óleo de coco, mas não sei se é viável como lubrificante para bicicletas. Talvez cera de abelhas derretida, mas nunca foi tentado pelo que sei.
Outro ponto delicado são as câmaras das rodas que podem furar facilmente. A manutenção é feita com adesivos especiais, portanto o ideal seria encontrar uma alternativa de manutenção mais autossustentável.
As ferramentas usadas geralmente são duráveis, basta observar as orientações de conservação. Mantendo ainda uma sobressalente podemos passar vários anos sem nos preocuparmos com isso. Existem ferramentas duráveis que são específicas para a manutenção de bicicletas que precisam estar na oficina.
A Saúde
A nossa saúde pode ser afetada pelo uso das bicicletas. É importante cuidar com os bancos duros e os problemas de próstata. Cada um precisa respeitar seus limites físicos para não sofrer com dores no dia seguinte. Uma viagem pode exigir conhecimentos e itens de primeiros socorros. Creio que o ideal é fazer as viagens em duplas. Acidentes sempre são um risco e o melhor é estar preparado. Vejo o capacete como indispensável pois já quebrei um por uma irresponsabilidade minha em alta velocidade e sem ele provavelmente eu não poderia ter voltado à pé.
A informação
Para viagens mais longas se faz necessário informações sobre o percurso. Tais informações podem ser registradas em guias contendo dicas sobre rotas, distancias, tempos previstos, condições de estradas, pontos para alimentação, descanso, socorro, perigos, climas, etc. Estes guias podem ser compartilhados com outras comunidades que também utilizam bicicletas. Pode ser necessário que uma dupla faça uma viagem que nunca vez antes e assim este tipo de guia pode ser vital.
O lixo
Todas as peças da bicicleta precisam receber novas utilidades quando não servem mais em bicicletas. Como já disse em outro artigo, é só uma questão de abstrair o uso habitual e olhar friamente para o objeto e suas características. Um pneu de bicicleta careca é flexível, circular, macio, preto, pode ser usado como brinquedo infantil. Três ou quatro destes empilhados com uma placa grande de vidro cobrindo e com uma panela preta dentro e temos um fogão solar.
Raios estragados são metálicos, duros, dobráveis, podem ser dobrados para virarem brinquedos ou dobrados para ajudar a desentupir ralos de pias. E assim por diante, é só aplicar a criatividade.
Partes de bicicletas são usadas para fazer geradores:
http://revistagloborural.globo.com/GloboRural/0,6993,EEC1698656-4528,00.html
E Máquinas de lavar (dica da amiga Andréa Xavier):
Para lavar ropa, una bicilavadora
http://news.bbc.co.uk/hi/spanish/science/newsid_7926000/7926404.stm
http://www.youtube.com/watch?v=eL3bY6tpkf0
Desenvolvimentos avançados
Existe o nível básico de autossustentabilidade de bicicletas: ter peças e ferramentas sobressalentes, produzir lubrificante e ter pessoas capazes de consertar e de andar de bicicleta.
Mas algumas comunidades podem ir além: construir bicicletas de bambu, produzir peças, produzir ferramentas, etc. e ofertar às comunidades vizinhas por meio da economia do dom, permuta ou moedas locais.
Alguns passo-a-passo destes desenvolvimentos avançados:
How to Build a Bamboo Bicycle
http://www.instructables.com/id/How-to-Build-a-Bamboo-Bicycle/
Bamboo Bike Frame.
http://www.instructables.com/id/Bamboo-Bike-Frame/
How I built a carbon bike frame at home (and a bamboo frame too)
http://www.instructables.com/id/How-I-built-a-carbon-bike-frame-at-home-and-a-bam/
Build a Bamboo Bicycle (And Light it up!)
http://www.instructables.com/id/Build-a-Bamboo-Bicycle-And-Light-it-up/
1 de abril de 2011
Videos Doma Racional de Cavalos
Record Rural - Conheça uma nova forma de doma de cavalo
http://www.youtube.com/watch?v=pAZ-EGjvD1Q
Doma Racional-Monty Roberts
http://www.youtube.com/watch?v=p_0q4HMjirs
Doma Racional de Cavalos - www.videopar.com.br
http://www.youtube.com/watch?v=HkdBR3N8X-c
Doma Racional - Colocar Cavalo em Trailer - Parte 1 de 2
Uso da técnica de Doma Racional para se treinar um cavalo a entrar num trailer.
http://www.youtube.com/watch?v=ryp8YwKJfKU
Doma Racional - Colocar Cavalo em Trailer - Parte 2 de 2
http://www.youtube.com/watch?v=5vp6CUKTtfc
Doma Racional - Linguagem Corporal
http://www.youtube.com/watch?v=0ATf5Ip17Lc
Monty Roberts Join Up Example
(English)
Monty breaks a horse and saddles him and gets a rider on him in less than thirty minutes
http://www.youtube.com/watch?v=9Dx91mH2voo
"Como amansar caballos sin golpes"
(español)
http://www.youtube.com/watch?v=XMMpO3BIr90
27 de março de 2011
Ferrar sem Prejudicar

Alguns cuidados para ferrar com responsabilidade o seu cavalo estão a seguir:
1 - Conheça o ângulo da paleta do seu cavalo antes de se aventurar cortando o casco. Apare os cascos anteriores (mãos) e tente colocá-los com o mesmo ângulo da paleta. Confira o ângulo dos cascos com um gabarito angulador de casco. Os ossos digitais devem ser alinhados, de forma que colocando-se uma linha reta do meio do boleto e meio da quartela (falanges) ela deve passar pelo emio do casco, alinhada com as suas cânulas naturais (linhas verticais do casco). No casco achinelado as linhas do casco não concindem com este alinhamento da quartela , porque o casco tem ângulo menor do que a paleta e a linha é quebrada para baixo (lado do chão).
2 - Limpe a sola, abra os 3 canais da ranilha de forma a deixar passar o dedo mínimo para entrar ar , obtenha a concavidade da sola e não corte jamais as barras, pois ela são a continuidade da muralha de sustentação e garantem 30% da sustentação do cavalo.
3 - Assegure que os cascos estão balanceados no sentido médio-lateral ( largura) e ântero-posterior ( comprimento). As metades do casco esquerdo, por exemplo, devem ser iguais, assim como os comprimentos desde a pinça até cada um dos talões. Depois confira para que os cascos dianteiros sejam iguais entre si. Quando aparar os cascos traseiros, siga as mesmas instruções. Assim, quando o cavalo coloca o casco no chão ambos os talões apoiam no chão ao mesmo tempo e o casco rola a pinça no meio, o desgaste da ferradura ocorre exatamente na frente e o vôo ou breakover é elegante e para a frente (avante).
4 - Escolha a ferradura de acordo com as necessidades do cavalo e ajuste-a ao casco bem aparado. A ferradura deve proteger toda a muralha de sustentação, apoiando-se até o final do talão, sem obstruir os canais da ranilha e possibilitando expansão da muralha nos quartos e talões. Nos posteriores, a ferradura pode ter ligeiro sobrepasse de talões, nos animais de talões fracos ou escorridos, de forma a dar maior base de sustentação para o cavalo. A mesa da ferradura é escolhida de acordo com a atividade do cavalo. Mesa estreita (filete) para corrida, mesa média ( 17mm) para trabalho, treinamento e lazer e mesas mais largas para esbarro( 25mm) ou tração. O material da ferradura ( aço, alumínio puro, liga de alumínio, poliuretano com alma de alumínio e outros metais especiais), bem como os demais acessórios ( guarda casco, agarradeiras, palmilhas, talonetes e até rampão) devem ser escolhidos de acordo com a atividade , de preferência com conhecimento, para não prejudicar a performance do
animal.
5 - Fixe a ferradura com o cravo adequado, escolhido de acordo com a espessura da ferradura e com o canal ou craveira, de forma que a cabeça do cravo fique totalmente embutida na concavidade do buraco ou canal da ferradura. Os dois últimos cravos a serem pregados não devem ultrapassar a "linha do juízo do ferrador", ou seja, a linha imaginária que une o final dos médios do casco, antes dos talões. Complicado? Não. Imagine o meio da ranilha, com o casco levantado, e trace uma linha para os dois lados. Ela passará sobre a muralha de sustentação (onde a ferradura apoia) exatamente no lugar dos últimos cravos, em cada lado da ferradura. Esta é a " linha do juízo do ferrador".
6 - Depois de bater os dois primeiros cravos (ombros) e os dois últimos ( talões) da ferradura, bata o guarda casco (se houver). Apoie o casco com a ferradura no chão e observe se a linha imaginária que passa pelo meio do boleto, da quartela e do casco (eixo ântero-posterior do digital) está reta. Se estiver tudo bem, pregue os demais cravos, lembrando que uma boa ferradura terá, no mínimo, 5 furos de cada lado e furos nos talões para colocar agarradeira ou cravar talonetes , calços para corrigir aprumos ou palmilhas. Ferradura barata com três ou quatro furos de cada lado nem sempre atende as necessidades do seu cavalo.
7 - Por último, mas não menos importante, depois de acabar de fazer o serviço, não esqueça de repor o verniz dos cascos com o CASCOTÔNICO, para devolver também a flexibilidade, incentivar o crescimento e proteger a sola, paredes e ranilha contra as brocas , frieiras e podridão.
Estas são as principais dicas para você fazer ou gerenciar o ferrageamento dos seus cavalos.
Se os termos usados são familiares a você e ao seu ferrador, parabéns, você está dominando o assunto. Mas, se houver dúvida, venha fazer um curso no Centran Toledo, para aumentar a performance dos seus animais, com o mínimo de afecções. Lembre-se , que o ferrador que não é competente, ferra o dono e o cavalo...
http://www.hipismobrasil.com.br/ferrageamento/ferrar_sem_prejudicar.asp
ou
http://tudosobreoscavalos.nireblog.com/post/2008/03/27/ferragem-sem-prejudicar-o-cavalo
15 de outubro de 2009
Transporte Sustentável
Os meios de transporte
As tecnologias para o transporte serão divididas aqui pelo meio: Transporte terrestre, aquático, e aéreo.
Na escolha dos meios de transporte que serão utilizados é necessário levar em conta aspectos locais:
- A comunidade tem a possibilidade de produzir o combustível?
Para transporte de tração humana toda a comunidade tem o "combustível". Agora outros combustíveis como a gasolina são de baixa sustentabilidade comunitária, ou seja, dificilmente uma comunidade terá uma produção independente. Outras fontes de energia são o alcool, biodiesel, lenha, animais (cavalo, bois, etc.), ou mesmo o vento.
- A comunidade tem a possibilidade de manutenção do meio de transporte?
Para ser sustentável, a comunidade precisa ser capaz de manter o meio de transporte. Isso significa construir oficinas, estábulos, etc. Adquirir equipamentos e ferramentas para a manutenção como chaves de boca, alicates, macaco, etc. Cada veiculo possuí um conjuto particular de ferramentas para a realização dos consertos e da manutenção preventiva. E cada manutenção exige um conjunto próprio de conhecimentos. Logo se percebe que uma comunidade não pode utilizar um grande número de meios de transporte sofisticados, se quiser ser sustentável. Principalmente quando se usa veículos que não são produzidos na comunidade é importante possuir peças sobressalentes, ou mesmo um segundo veículo de mesmo modelo.
No caso do transporte interno, a comunidade também deve ser capaz de manter caminhos, trilhas, trilhos, calçadas, etc., ou seja, a estrutura física que possibilite um transporte rápido, seguro e sustentável.
- A comunidade tem a possibilidade de produzir o veículo?
Observando o que digo no item acima, não creio que se faça necessário a produção comunitária do veículo para que o transporte seja sustentável. Porém, é preferível que essa produção seja comunitária. Vários tipos de veículos podem ser produzidos em nível comunitário como por exemplo bicicletas, carros de bois, carroças, etc.
- Transporte terrestre:
É o transporte que é realizado por terra. Sendo assim, nenhuma comunidade humana pode existir sem utilizar soluções para esse tipo e transporte. Esse caratér obrigatório só diz respeito ao transporte interno pois numa ilha ou em futuras colonias espaciais se faz necessário o transporte aquático ou espacial. Apessar de ser o principal tipo de transporte da Civilização Ocidental, deve se tomar cuidado pois não é, necessariamente, o melhor tipo para o transporte externo.
O transporte rodoviário (feito por estradas, rodovias, ruas) tem baixa sustentabilidade comunitária pois a infraestrutura física geralmente é construída e mantida por Estados ou empresas. Poder sobre essas vias é altamente centralizado, logo tendem a atender mais o interesse por votos ou lucro do que a necessidade de locomoção. Neste sentido é preferível utilizar veículos que não necessitem desta infraestrutura ou construir e manter uma infraestrutura livre em parceria com uma comunidade vizinha. O mesmo vale para o transporte ferroviário e o transporte tubular.
- Transporte aquático:
É o transporte que é realizado por água. Para poder ser usado é necessário que a comunidade esteja próxima de um curso de água navegável. Como a maior parte da superfície do nosso planeta está coberta por água, é um transporte muito interessante para vencer grandes distâncias. O movimento pode ser adquirido com ajuda do vento no caso de embarcações à vela.
- Transporte áereo:
Apesar de não saber citar nenhuma comunidade que utiliza esse tipo de transporte creio que seja possível uma comunidade optar por utilizar um pequeno avião, um balão, etc. como meio de transporte. Teleféricos também são considerados meios de transporte aéreo. Eles podem combrir uma distância de 13km. E por que não incluir também as tirolesas, que podem cobrir até 2km. Não necessariamente é um meio de transporte tripulado se pensarmos por exemplo nos pombos correios.
- Transporte espacial:
É o transporte realizado pelo espaço, fora do planeta Terra. Ainda não é aplicável em nível comunitário pois ainda não existe nenhuma comunidade fora do planeta. O conhecimento que se tem hoje sobre isso é voltado para a centralização de poder. Futuramente se contruirá um novo paradigma que permitirá o desenvolvimento sustentável do transporte espacial.
Índice: Postagens sobre transportes
Postagens sobre combustiveis estão na seção Energia
Videos Manutenção de Bicicletas
Videos Furoshiki
25 de setembro de 2009
PRODUÇÃO DO ETANOL: Cana de Açúcar
Para a produção do etanol são utilizadas como matérias primas muitas substâncias, dentre as quais substâncias açucaradas (melaço de cana, suco de frutas, e beterraba),substâncias amiláceas (milho,arroz,trigo e batata) e substâncias celulósicas (madeira e papel).
Vamos nos prender neste curso apenas a cana-de-açúcar; porque é uma planta abundante no Brasil, também porque possui uma produtividade muito alta e é a matéria prima mais simples e eficiente na produção do álcool.
O produtor deve escolher as variedade que melhor se adaptem ao solo,período de safra e clima de sua região,levando em conta as características de produtividade,riqueza de açúcar e facilidade de fermentação.
A cana-de-açucar adapta-se a uma ampla faixa de clima,desde latitudes 35°N a 30°S sendo normalmente plantada em altitude até 1000m do nível do mar.
A precipitação volumétrica anual mínima exigida é de 1.200mm ,com chuvas bem distribuídas.O solo deve ser leve sem excesso de umidade rico em matéria orgânica e minerais.Solos pesados ,argilosos e mal drenados são limitantes para o cultivo da cana-de-açucar.
PRINCIPAIS ESPÉCIES:
Saccharum officinarum:
Compreende as chamadas canas nobres ou tropicais caracterizadaas por seus altos teores de açúcar, porte elevado,colmos grossos e baixos teores de fibras.Essa espécie foi cultivada no Brasil até 1952, quando um epidemia da doença mosaico trouxe grande prejuízo aos canaviais.Pertencem a essa espécie as variedades: preta, rosa, riscada, roxa, cristalina, creoula, manteiga, caiana, sem-pelo e outras. São muito exigentes em clima e solos, além de sensíveis a doenças.
Saccharum spontaneum:
Apresenta colmos curtos, fino, fibrosos, praticamente sem açúcar, com sistema radicular bem desenvolvido, perfilhamento vigoroso e abundante.São muito rústicas,vegetando praticamente em qualquer tipo de solo e clima e é resistente à doença mosaico.
Saccharum sinensis:
Essa espécie inclui variedades da China e do Japão e caracteriza-se por alto porte, colmos finos e fibrosos, teor médio de açúcar, raízes abundantes e fortes.
Saccharum barberi:
Apresenta porte baixo ou médio, colmos finos, fibrosos e pobres em açúcar,sendo também suscetível ao mosaico.
Saccharum robustom:
Apresenta colmos muito altos (de até 10m), relativamente grossos,muito fibrosos e pobres em açúcar, sendo também suscetível ao mosaico.
Saccharum edule:
Abrange algumas espécies da Nova Guine e das Ilhas vizinhas. Caracterizada por apresentarem inflorescências empregadas na alimentação humana.
VARIEDADES
As variedades recomendadas resultam de cruzamentos entre as espécies .A escolha deve levar em consideração as características da variedade ,o meio que vai ser implantado o canavial e o período de fabricação do álcool.
O período de maturação é importante fator a ser considerado. As variedades devem apresentar maturação entre Junho a Novembro,ocasionando maior rendimento de álcool; período este geralmente usado para a fabricação do Etanol.
Classificadas em precoces, médias e tardias, de acordo com o período útil de processamento, ou seja, a época em que apresentam teores de açúcar mais elevados, as variedades atingem maturação entre maio e junho,de julho a agosto e setembro a novembro, respectivamente.
As precoces são apropriadas para o inicio da safra.Entretanto,dependendo de sua produtividade podem ser vantajosas para todo o período. O teor máximo de açúcar é alcançado de agosto a setembro, época em que começa a declinar. A colheita corresponde a 180 dias.
Já as variedade médias atingem brix (unidade de medida de percentual de açúcar) mínimo para corte entre final de julho e início de agosto,e o máximo,em setembro.Apresentam um período de colheita de 120 dias.
As denominadas tardias atingem o brix mínimo para processamento entre final de agosto e inicio de setembro. O período de colheita é curto ,em torno de 90 dias,e coincide com o final da safra.
Atualmente as variedades mais utilizadas para produção de etanol são:
RB765418
Precoce, rica em açúcar, não floresce e apresenta interior excelente (sem isoporizar). O periodo de safra é longo, e a cultura exige solos de fertilidade média a alta, produzindo melhor naquelas de textura leve. A variedade é resistente às doenças, ferrugem, escaldadura e carvão e tolerante a pragas. Sua despalha natural é media e apresenta um pouco de joçal no centro da bainha. O porte é semi-decumbente apresentando, muitas vezes, tombamento por ocasião da colheita.
RB739359
Variedade precoce, com inicio de colheita recomendado a partir de junho. Muito rica em açúcar, normalmente não floresce e apresenta excelente interior. Adapta-se a solos de baixa e média fertilidade, e o período de safra é de médio para longo. A produção agrícola é alta; porte ereto, com despalha natural media e presença de joçal. É sensível ao carvão, porém resistente a ferrugem e escaldadura e tolerante a pragas.
RB739735
De maturação média/tardia,com teor de açúcar alto.Não floresce e apresenta excelente interior.A produtividade é boa em diferentes tipos de solo,melhorando ainda mais naquelas de textura leve e que apresentam boa retenção de umidade.Produção agrícola alta.É tolerante às pragas e à escaldadura, resistente ao carvão e ferrugem.O porte é ereto e tem uma despalha natural, facilitando a colheita. Não apresenta joçal.
RB72454
Variedade de maturação média a tardia,que normalmente não apresenta florescimento. O índice de chochamento é baixo, sendo encontrado somente em canas florescidas. Rica em açúcar, adapta-se a diferentes tipos de solos produzindo melhor naqueles de textura leve. Aprodução agrícula é alta. É moderadamente resistente ao carvão, escaldadura e ferrugem e tolerantes a pragas. O porte dos colmos é semi-ereto, com despalha e colheita difíceis. Apresenta joçal.
SP71-1406
Variedade de maturação média a tardia, não apresenta florescimento. A proporção de açúcar é de média para alta, com bom interior e sem chochamento. A melhor época para corte é a partir do mês de agosto até o final de safra. É recomendada para solos de fertilidade média e textura leve. Tem crescimento vigoroso e apresenta boa produtividade, cana, planta e soca. Mostra parte semi-ereto e despalha natural, o que favorece o corte, não
apresentando joçal. É tolerante as doenças carvão e mosaico.
DIMENSIONAMENTO DO CANAVIAL
Os cálculos apresentados, foram realizados para uma produção média de 100 litros/dia de álcool etílico, com jornada de 8 horas e período de safra de aproximadamente 200 dias. Considerou-se um rendimento médio de 100 toneladas de cana por hectare(ha=10.000 metros quadrados) a média de rendimento é de 80 litros por tonelada.
Produção esperada: 100 x 200 = 20 000 litros/ano
Matéria-prima nescessária: 20 000/80 = 250 toneladas
Área anual de corte: 250/100 = 2,5 hectares
Área de renovação (20% da área de corte): 0,5 hectares
Área total (área de corte + área de renovação): 3 hectares
Fonte:
http://issuu.com/anselmocassiano/docs/fabrica_de_alcool_combustivel/14
- Veja também:
Vídeos Super adobe
Videos Banheiro Seco
21 de setembro de 2009
Videos Furoshiki
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como fazer mochila de duas alças
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mochila simples (em inglês):
http://www.youtube.com/watch?v=LIDBwbrdwv8