11 de junho de 2010

Uva do Japão

Pesquisa que realizei na internet com informações relevantes sobre a uva japonesa.



- Outros nomes:

Nome Científico: Hovenia dulcis
Outros: Hovenia inaequalis, Hovenia dulcis var. latifolia, Hovenia dulcis var. glabra

Nomes Populares: Banana-do-japão, bananinha-do-japão, caju-do-japão, caju-japonês, chico-magro, gomari, mata-fome, passa-do-japão, passa-japonesa, macaquinho, pau-doce, pé-de-galinha, tripa-de-galinha, uva-da-china, uva-paraguaia, cajueiro-japonês, uva-japão, uva-japonesa



- Descrição da árvore

A uva-do-japão é uma árvore caducifólia (as folhas caem naturalmente durante o inverno), pode atingir 25 metros de altura e produz ramos longos que quebram com facilidade. Sua copa é aberta, de formato globoso a oval. O caule apresenta rápido crescimento e pequeno diâmetro. Sua casca é escura, de textura lisa a levemente fissurada. As folhas são ovais, verdes, brilhantes, de disposição alterna e caem no outono e inverno. As flores numerosas, surgem no verão. Elas são pequenas, hermafroditas, perfumadas, branco-esverdeadas e atraem muitas abelhas. Os pseudofrutos (falso-frutos, porque o que denominamos frutos são os pedúnculos carnosos) são ramificados, retorcidos, formato cilíndrico, coloração da casca avermelhada a marrom/bronzeada, mais ou menos suculentos e de sabor doce e agradável, quando maduros. Cada fruto contém de 2 a 4 sementes. As sementes são pequenas, lisas e avermelhadas quando recém-colhidas e tornam-se castanhas à negras com o passar do tempo. A planta é perene e as flores são autoférteis (frutificam mesmo tendo uma planta isolada). A dispersão das sementes é zoocórica (por animais).

A planta se desenvolve bem em ampla faixa de temperatura, desde frio a quente e na maioria dos tipos de solos, desde que não sejam encharcados ou sujeitos à inundação.

Fenologia: Florescimento ocorre no Brasil de Agosto a Fevereiro com frutificação entre Março e Outubro. A queda das folhas dá-se desde Abril até o final de Agosto. Começa a frutificar entre 3 e 4anos.

Atenção! Planta invasora!
Apresenta intensa regeneração natural com tendência a formar densos agrupamentos, impedindo o crescimento de outras espécies e reduzindo a biodiversidade florestal.


- Quando colher a Uva japonesa

Os "frutos" da uva-do-japão têm sabor aprazível, mas devem ser colhidos maduros. Quando verdes, têm sabor adstringente e quando passados, fermentam e ficam com gosto alcoólico.


- Formas de usar a Uva japonesa

Os pedúnculos podem ser consumidos in natura, consumidos como uvas passas, usados para fazer vinagre, picados vão bem em tortas, bolos, recheios e o que a imaginação puder criar com qualquer coisa parecida com frutas docinhas e crocantes.

Inclua em saladas. Vai bem ainda em saladas com repolho, cenoura ralada e um molho leve de iogurte ou maionese. Ou em qualquer outra que levaria uvas passas e/ou maçãs e/ou peras.

Madeira

Sua madeira é moderadamente pesada, apresenta alburno amarelo e cerne amarelo a castanho-escuro ou vermelho; brilho opaco a mediano, sem cheiro; textura fina a homogênea. É resistente, mediamente tenaz e elástica, apresenta pouca durabilidade quando em contato com o solo e boa trabalhabilidade, dando superfícies lisas e brilhantes. Suas características mecânicas são similares as do louro-pardo.
A madeira pode ser empregada em obras de marcenaria e carpintaria, também para vigas, caibros, forros e assoalho. Para lenha é considerada de boa qualidade, queimando mesmo que verde.

- Receitas

Vinagre de uva japonesa
Norma C.C. Zanatta

Ingredientes:
1 1/2 de Uva Japonesa
1 Kg de açúcar
10 Litros de água
Colocar num recipiente de plástico durante uns 60 dias e após coar.


Licor de uva do japão
apenas "macaquinhos" lavados e secados,colocados em álcool de cereal ou cachaça de boa qualidade. É importante que estejam super maduros. Coloque tanto quanto conseguir(sem socar) em um recipiente de vidro ou porcelana, cobrindo totalmente com o líquido, adicione 3 colheres de sopa de açúcar cristal/litro, feche e espere. Pronto após 3 meses.


Torta de banana como uva japonesa
Por Neide Rigo

Ingredientes:
Massa (minimamente adaptada da massa aerada do livro Bolos e Tortas, da Coleção Time Life)
250 g de farinha de trigo
1 colher (sopa) de açúcar
1/2 colher (chá) de sal
150 g de manteiga em temperatura ambiente
1 ovo inteiro
Recheio
10 bananas em rodelas ou o suficiente para cobrir a torta
1 xícara de uvas japonesas picadas
Suco de um limão
2 colheres (sopa) de açúcar misturadas com 1 colher (sopa) de canela

Modo de preparo:
Faça a massa, peneirando sobre uma tigela a farinha de trigo, o açúcar e o sal. No meio, faça uma cova e junte a manteiga e o ovo. Com um garfo ou com a ponta dos dedos, vá misturando a farinha com a manteiga e o ovo. Quando obter uma massa farofenta, junte uma ou duas colheres (sopa) de água, gota a gota, e vá amassando com as mãos só até conseguir formar uma massa homogênea. Embrulhe em filme plástico e guarde na geladeira por 30 minutos.

Forre com a massa uma forma grande de fundo desmontável ou outras menores. Espalhe no fundo farinha de rosca (para absorver o caldo da banana) e forre com rodelas de banana alternadas com uva japonesa. Esprema suco de limão sobre as bananas e polvilhe com açúcar e canela. Leve ao forno médio (180 graus) por cerca de 1 hora ou até as bordas da torta começarem a dourar.
Rende: 14 fatias ou 14 tortinhas

Bolo de gengibre com uva japonesa
Por Neide Rigo

100 g de manteiga em temperatura ambiente
1 xícara de açúcar mascavo
Raspinhas de um limão rosa
2 colheres (chá) de gengibre fresco ralado
2 ovos batidos
1,5 xícara de farinha de trigo peneirada com 1/2 colher (sopa) de fermento químico
1/2 xícara de leite
1 e meia xícara de uvas japonesas limpas e picadas, passadas em farinha de trigo e peneiradas
Na batedeira, bata a manteiga até ficar cremosa. Acrescente o açúcar aos poucos até formar um creme esbranquiçado e aerado. Junte o gengibre e a casquinha de limão. Com a batedeira ligada, junte os ovos aos poucos para formar uma emulsão bem leve e volumosa (se, neste processo, a mistura talhar, adiante um pouco da farinha). Ainda com a batedeira ligada, vá colocando alternadamente a farinha e o leite. Desligue a batedeira, junte as frutas e mexa com delicadeza. A massa fica bem densa e cremosa. Coloque em uma forma untada e polvilhada (usei uma de furo no meio, mas pode ser de bolo inglês) e leve para assar no forno pré-aquecido a 200 °C, por cerca de meia hora ou até ficar dourado e, ao se introduzir um palito no centro do bolo, ele saia limpo.

Fontes:
http://www.jardineiro.net/br/banco/hovenia_dulcis.php
http://globoruraltv.globo.com/GRural/0,27062,LTP0-4373-0-L-U,00.html
http://come-se.blogspot.com/2008/05/tempo-de-uva-japonesa.html
http://br.groups.yahoo.com/group/arvores/message/21786
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cajueiro-japon%C3%AAs
http://laurozanatta.blogspot.com/2008_04_01_archive.html

http://come-se.blogspot.com/2010/05/bolo-de-gengibre-com-uva-japonesa.html

10 de junho de 2010

Árvores Úteis do Sul

Lista de árvores usadas como medicinais, para fazer cabos de ferramentas e alimentícias, nativas do Sul do Brasil. Clique no nome científico para encontrar mais informações.

- Árvores medicinais:

Açoita-cavalo - Luehea divaricata Mart.
Antidesintérica, antileucorréicas, depurativa do sangue

Angico-Vermelho - Parapiptadenia rigida (benth.)
Diarreias, contusões, cortes, úlceras, leucorreia

Aroeira Piriquita - Schinus molle L.
Tosses, bronquites, doenças renais, hemorragias

Cambará - Moquinia molíssima Malme.
Folhas usadas contra tosses rebeldes.

Cancorosa - Maytenus ilicifolia Mart. et Reis
Doenças do estomago e da pele. Câncer de estômago

Canela-Preta - Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez.
Folhas anti-reumáticas, frutas contra flatulência

Caroba - Jacaranda micrantha Cham.
Doenças da pele, dores reumáticas e musculares

Carvalho-Brasileiro - Casearia silvestris Sw.
Reumatismo, artritismo, herpes, impingens, feridas

Casca-de-Anta - Drimys winteri Forst.
estomática, antiescorbútica, sudorífica

Catiguá - Trichilia clausseni C. DC.
Purgativa, tônica

Corticeira-da-serra - Erythrina falcata Benth.
Flores contra doenças reumáticas

Erva-mate - Ilex paraguaiensis St. Hill.
Estimulante, digestiva, ativadora do pâncreas

Guajuvira - Patagonula americana L.
Feridas, tumores, furúnculos, herpes, impingens

Ipê-amarelo - Tabebuia alba (Cham.) Sandw.
Adstringente e contra inflamações da mucosa bucal

Ipê-da-várzea - Tabebuia chrysotricha Mart.
Adstringente e contra doenças da garganta

Ipê-roxo - Tabebuia ipe Mart.
Feridas, coceiras, sarna, inflamações artríticas

Murta - Blepharocalyx tweediei - var longipes (berg.) Mattos.
Tosses, bronquites, reumatismo, artrite, psoríase

Pata-de-vaca - Bauhinia candicans Benth.
Contra glicosúria, para reduzir excreção urinária

Pitangueira - Eugenia uniflora L.
Folhas como febrífugas e adstringentes.

Sassafrás - Ocotea odorifera (Nees.) Mez.
Gota, dermatoses, reumatismo, intoxicações metálicas

Tarumã - Vitex megapotamica Spreng.
Hemorroidas, depurativo do sangue, dores reumáticas

Vacum - Allophylus guaraniticus Camb.
Folhas contra problemas digestivos.


- Árvores para cabos de ferramentas:

Açoita-cavalo - Luehea divaricata Mart.
Araçazeiro-do-mato - Myrcianthes gigantea Legr.
Camboim - Myrciaria tenella (DC) Berg.
Canela-de-veado - Helietta longifoliata Britt
Cerejeira - Eugenia involucrata DC.
Cincho - Sorocea bomplandii (Bail.) Burg. Laij. et Boer.
Cocão - Erythroxylum pelleterianum St. Hill.
Dedaleiro - Lafoensia pacari St. Hill.
Farinha-seca - Lonchocarpus muehlbergianus Hass.
Guabijueiro - Myrcianthes pungens (Berg.) Legr.
Guabirobeira - Campomanesia xanthocarpa Berg.
Guajuvira - Patagonula americana L.
Guamirim - Myrceugenia euosma (Berg.) Legr.
Guatambu - balfourodendron riedelianum (Engl.) Engl.
Peroba - Aspidospherma australe M. Arg.
Pinheiro-brasileiro - Araucaria angustifolia (Berg.) Ktze.


- Árvores Alimentícias:

Camboim - Myrciaria tenella (DC) Berg.
Cerejeira - Eugenia involucrata DC.
Figueira-do-mato - Ficus subtriplinervia Mart.
Goiaba Serrana - Feijoa sellowiana Berg.
Guabijueiro - Myrcianthes pungens (Berg.) Legr.
Guabirobeira - Campomanesia xanthocarpa Berg.
Guamirim - Myrceugenia euosma (Berg.) Legr.
Ingá-Feijão - Inga marginata Willd.
Jaboticabeira - Myrciaria trunciflora Berg.
Pinheiro-brasileiro - Araucaria angustifolia (Berg.) Ktze.
Pitangueira - Eugenia uniflora L.
Uvaia - Eugenia pyriformis Camb.

Fonte: Livro das Árvores - Árvores e Arvoretas do Sul
Rubens Alberto Longhi


- Veja também:
As Plantas Medicinais
Formas Básicas de Preparo das Plantas Medicinais
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