4 de março de 2010

Trabalhos na UFRGS para a sustentabilidade comunitária

Por Adrian Rupp

Seleção de 10 trabalhos do repositório digital da UFRGS com informações úteis para a sustentabilidade comunitária. O textos completos dos trabalhos podem ser encontrados nos links correspondentes.

Abrigo na natureza : construção Mbyá-Guarani, sustentabilidade e intervenções externas
Autor: Zanin, Nauíra Zanardo
Link:
http://hdl.handle.net/10183/10697

Resumo:
A partir da realidade encontrada em algumas comunidades da etnia Mbyá-Guarani do Rio Grande do Sul aborda-se a relação entre as construções autóctones, a sustentabilidade e as intervenções habitacionais externas. Nestes locais, de acordo com a região, são desenvolvidas diferentes soluções construtivas, utilizando os materiais disponíveis e respeitando os preceitos culturais. Porém, existem dificuldades de acesso aos recursos naturais necessários às construções. Para resolver a falta de moradias, o Governo do Estado vem realizando intervenções habitacionais, utilizando o método de desenho social participativo. Contudo, os Mbyá- Guarani seguem construindo suas casas tradicionais ao lado das intervenções. Esta dissertação tem como objetivo principal analisar comparativamente as diferentes tipologias habitacionais (a autóctone e a proveniente de intervenção externa), observadas em oito comunidades Mbyá-Guarani do estado. Como objetivos intermediários buscou-se caracterizar a situação habitacional atual e tipologias autoconstruídas observadas nas comunidades; identificar a percepção dos Mbyá-Guarani sobre as tipologias autóctones, abordando aspectos culturais, conforto, materiais e processo construtivo; apreender a visão de sustentabilidade dos Mbyá-Guarani, para analisar, adicionando os referenciais teóricos, a relação entre sustentabilidade e as construções autóctones; e identificar a percepção dos Mbyá-Guarani e não-indígenas sobre as intervenções externas. Para atingir tais objetivos, a coleta de dados em campo envolveu observações, entrevistas e levantamentos. Ao final, considera-se que as intervenções externas, apesar de necessárias, alteram o comportamento dos usuários, levando à perda da autonomia. Por outro lado, as construções autóctones fortalecem o nhande rekó (modo de vida Mbyá-Guarani). Contudo, são necessárias medidas que garantam a etno-sustentabilidade, visando viabilizar a continuidade destas construções. O reconhecimento de que as soluções autóctones respondem às necessidades culturais - sendo os Mbyá-Guarani os maiores conhecedores das técnicas, dos materiais e da importância simbólica de suas habitações - permite que as políticas públicas atendam com maior eficiência as demandas dessas comunidades. Esta é uma pesquisa inédita nesta região do país e neste núcleo de pesquisa, e vem atender uma lacuna no conhecimento, oferecendo subsídios para futuras intervenções em comunidades indígenas.



Plantas alimentícias não-convencionais da região metropolitana de Porto Alegre, RS
Autor: Kinupp, Valdely Ferreira
Link:
http://hdl.handle.net/10183/12870

Resumo:
Muitas espécies de plantas espontâneas ou silvestres são chamadas de “daninhas”, “inços”, “matos” e outras denominações reducionistas ou pejorativas, pois suas utilidades e potencialidades econômicas são desconhecidas. No Brasil não se conhecem estudos sobre o percentual de sua flora alimentícia e poucas espécies nativas foram estudadas em relação à composição bromatológica e avaliadas sob o aspecto sensorial e fitotécnico. Visando minimizar parte destas lacunas foi executado o presente estudo na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA), Rio Grande do Sul. Realizaram-se consultas aos herbários da região e revisões bibliográficas exaustivas tanto do aspecto florístico da RMPA quanto da literatura sobre plantas utilizadas na alimentação humana. As análises bromatológicas, dos minerais e sensoriais foram realizadas de acordo com os protocolos usuais e os cultivos e manejos experimentais foram realizados dentro dos preceitos agroecológicos, em parceria com uma produtora rural. Estimou-se a riqueza florística da RMPA em 1.500 espécies nativas, sendo que 311 delas (21%) possuem potencial alimentício. Destas, 153 (49%) são acréscimos à maior listagem mundial do tema e 253 (76%) foram consumidas e ou experimentadas no presente estudo. Desta flora alimentícia foram selecionadas 69 espécies (22%) para análises dos minerais e proteínas das partes de interesse de alimentício; quatro outras espécies de grande potencial (Acanthosyris spinescens, Melothria cucumis, M. fluminensis e Vasconcellea quercifolia) tiveram suas composições bromatológica e mineral determinadas e foram caracterizadas em relação a aspectos biológicos e ou fitotécnicos e duas espécies (M. cucumis e V. quercifolia) foram avaliadas sensorialmente. Os estudos realizados mostraram o inequívoco potencial alimentício de um número significativo de espécies autóctones subutilizadas, cujo aproveitamento econômico poderá contribuir para o enriquecimento da dieta alimentar humana e o incremento da matriz agrícola brasileira e ou mundial.



Arquitetura Mbyá Guarani na Mata Atlântica do Rio Grande do Sul : estudo de caso do Tekoá Nhüu Porã
Autor: Prudente, Leticia Thurmann
Link:
http://hdl.handle.net/10183/17025

Resumo:
A arquitetura indígena é uma das mais importantes fontes de referência de construções realmente sustentáveis em diferentes aspectos: ambiental, social, cultural e econômico. Os povos indígenas seguem uma visão de mundo mais integral na relação entre homemnatureza e, assim, contribuem para a revisão de conceitos e princípios dos atuais paradigmas socioculturais da sociedade moderna envolvente. Os Mbyá-Guarani conservam fortemente sua cultura material com princípios que condizem com uma arquitetura sustentável, utilizando materiais, técnicas, sistemas e processos construtivos de baixo impacto ambiental. Nesse sentido, assim como outros povos indígenas, seguem lutando pela preservação dos ambientes naturais, espaços onde estão os elementos simbólicos e materiais necessários para a reprodução de sua cultura. Porém, são poucas referências e estudos sobre a arquitetura indígena, devido a pejorativos históricos que levaram à sua desvalorização. Além disto, há uma invisibilidade social de povos existentes ainda hoje, principalmente na região sul do Brasil. Esta pesquisa visa suprir essa lacuna acadêmica, abordando o universo da arquitetura do povo Mbyá-Guarani no Rio Grande do Sul, baseada no estudo de caso do Tekoá Nhüu Porã - terra indígena inserida em área de Mata Atlântica, localizado no município de Maquiné. Nesse local, há abundância de recursos naturais tradicionalmente empregados, onde os Mbyá desenvolveram uma tipologia arquitetônica singular no Estado, empregando o xaxim como material construtivo. Objetivo: caracterização da arquitetura Mbyá-Guarani, com base em princípios de sustentabilidade e em espaços sócio-ambientais apropriados. Metodologia: baseada no método etnográfico e dimensões de sustentabilidade, considerando princípios e conceitos etnológicos desse povo indígena. Resultados: contextualização físico-espacial da área habitacional; descrição da tipologia arquitetônica, por meio dos materiais, técnicas, sistemas e processo construtivo; e análise da sustentabilidade da tipologia construtiva. Espera-se que o reconhecimento da arquitetura Mbyá-Guarani contribua para políticas públicas mais adequadas às especificidades desse povo indígena, bem como amplie a discussão sobre comunidades sustentáveis através da compatibilização entre o saber acadêmico e do saber autóctone.



Agroecologia, sustentabilidade e os pescadores artesanais : o caso de Tramandaí (RS)
Autor: Cotrim, Décio Souza
Link:
http://hdl.handle.net/10183/14270

Resumo:
A presente dissertação de mestrado se concentrou na análise da comunidade de pescadores artesanais de Tramandaí-RS. A complexidade do objeto de estudo levou a opção metodológica do uso do enfoque sistêmico para a operacionalização da pesquisa. A adaptação da teoria de sistemas agrários para o trabalho com pescadores foi o caminho escolhido. Desta forma, através da reconstituição da evolução e diferenciação de sistemas pesqueiros foi possível a identificação de quatro fases, ou sistemas pesqueiros, que constituíram os momentos de desenvolvimento comunitário com características próprias e diferenciais. No último sistema pesqueiro, o contemporâneo, foi realizada uma divisão tipológica dos atuais sistemas de produção na pesca e as suas descrições. Foram encontrados seis sistemas que se diferenciaram entre eles por peculiaridades de seus sistemas técnicos de captura, de suas estratégias de reprodução social ou por sua relação com a Natureza. Após a identificação e descrição dos sistemas de produção foi realizada uma análise da sustentabilidade com base em indicadores sociais, econômicos, ambientais e políticos que foram construídos fundamentados na Agroecologia. O método de avaliação da sustentabilidade lançou mão de biogramas e índices para auxiliar a compreensão das implicações sistêmicas do tema.



Avaliação de habitação de interesse social rural, construída com fardos de palha, terra e cobertura verde, segundo critérios de sustentabilidade
Autor: Bohadana, Ingrid Pontes Barata
Link:
http://hdl.handle.net/10183/12576

Resumo:
Proposta: o setor da construção civil é responsável por grande parte do consumo de energia e recursos e da geração de resíduos, provocando impactos significativos sobre o meio ambiente. Algumas alternativas para se construir, reduzindo os impactos, envolvem o uso de materiais renováveis, como a palha, e de materiais minimamente processados, como a terra. Contudo, estes materiais pouco são referidos nos sistemas de classificação de edifícios ambientalmente amigáveis. Muitos edifícios, rotulados como sustentáveis, apenas refletem esforços para reduzir a energia incorporada e são, em muitos outros aspectos, convencionais. Objetivo: considerando a lacuna identificada, o objetivo deste trabalho é realizar uma avaliação de sustentabilidade de uma habitação de interesse social, construída no meio rural, com fardos de palha, terra e cobertura verde. Metodologia de pesquisa: a estratégia geral de pesquisa utilizada foi o levantamento de um caso. A definição dos critérios de avaliação foi embasada naqueles tradicionalmente incluídos em métodos existentes, porém as formas de caracterização foram adaptadas a dados e procedimentos acessíveis ao contexto nacional. Além de critérios ambientais, foram incluídos outros, econômicos e sociais, devido à importância de uma abordagem pluridimensional. A apresentação dos resultados dos critérios ambientais em três escalas (da edificação, dos subsistemas e dos materiais) permite identificar os subsistemas e materiais com maior potencial de impactos, explicitando os pontos fracos da habitação, além de facilitar a comparação, total ou parcial, com os resultados obtidos em pesquisas semelhantes. Resultados: verificou-se a incorporação de grande quantidade de materiais que produzem emissões tóxicas, além de apresentarem um alto consumo energético para transporte. Em contrapartida, devido à utilização, predominante, de recursos pouco processados, identificou-se um baixo dispêndio de energia para manufatura de materiais e um potencial de reaproveitamento satisfatório. Os custos iniciais da edificação são baixos, em relação a habitações de interesse social construídas com materiais convencionais, e medianos, em relação àquelas que empregam materiais não convencionais. Em termos sociais, verificou-se que as soluções adotadas são adequadas para a autoconstrução e para o resgate da capacidade de trabalho em mutirão, e que o projeto não atende requisitos mínimos de acessibilidade.



Viabilidade de microcentrais hidrelétricas baseadas no emprego de equipamentos de mercado
Autor: Beluco, Alexandre
Link:
http://hdl.handle.net/10183/13835

Resumo:
Esta dissertação analisa a viabilidade de reduzir custos de implantação de microcentrais hidrelétricas, com o emprego de equipamentos de mercado como alternativa aos que são tradicionalmente empregados. A exposição é efetuada em três etapas, construída de maneira a fornecer subsídios para que pessoas não especialistas possam atuar no processo de implementação de aproveitamentos hidrelétricos de pequeno porte. Em primeiro lugar, em caráter introdutório, é caracterizado o conjunto de opções atualmente disponíveis no mercado, entre os equipamentos eletromecânicos, para geração de energia por meios hídricos. Na segunda etapa são apresentadas alternativas que proporcionam reduções nos custos, são tecidas considerações sobre o uso destes equipamentos e é efetuado um estudo experimental sobre geração assíncrona independente. Os equipamentos de mercado considerados, as bombas centrífugas e os motores de indução (ambos utilizados em modo reverso), são produzidos em grande número, com economia de escala, o que garante facilidades nos processos de instalação, operação e manutenção, e são robustos e resistentes, o que favorece a aplicação em locais de difícil acesso. Também foram consideradas as turbinas Michell- Banki que, mesmo não sendo produzidas com economia de escala, são de construção e operação fáceis e apresentam custos reduzidos. O estudo experimental, realizado no LME da UFRGS, teve por objetivo determinar as características de funcionamento de motores de indução como geradores, preenchendo uma lacuna existente nas informações sobre o comportamento dessas máquinas e fornecendo subsídios para o estabelecimento de metodologias de controle de tensão e freqüência. A terceira e última etapa, conclusiva, consiste em um rápido estudo de viabilidade, onde é efetuada uma comparação de custos e é demonstrada a extensão dos benefícios obteníveis com o emprego das alternativas consideradas. Os equipamentos analisados, em sua totalidade, proporcionam reduções nos custos, que em alguns casos podem ser de até 80% do investimento que seria originalmente comprometido com equipamentos tradicionalmente empregados. Apesar do sistema de controle não ser trivial e de proporcionarem, em média, menores valores de rendimento, o menor capital inicial representa grande incentivo à utilização das alternativas apresentadas. As propostas analisadas podem ser empregadas tanto para viabilizar o fornecimento de energia em áreas remotas quanto para estimular a autoprodução (em funcionamento interligado), com a possibilidade de venda da energia excedente às concessionárias; em ambos os casos, a instalação de uma microcentral hidrelétrica pode incentivar a mobilização de recursos produtivos e a criação de oportunidades econômicas junto à comunidade consumidora.



Avaliação ambiental do uso de energia eólica para usuários de pequeno porte
Autor: Barbosa, Ana Carolina Lourenzi
Link:
http://hdl.handle.net/10183/18065

Resumo:
Este trabalho consiste de um estudo de avaliação ambiental do uso de energia eólica para usuários de pequeno porte. Foi realizada uma comparação da energia eólica com outras fontes de energia renovável e se verificou que existem muitas vantagens desta fonte de energia em relação às demais, principalmente porque esta é uma fonte isenta de poluição e é praticamente inesgotável. Constatou-se por meio de uma avaliação financeira dos valores dos equipamentos oferecidos por empresas presentes no mercado e o valor cobrado pela energia por uma concessionária fornecedora de energia no Estado do Rio Grande do Sul que é viável a implantação de energia eólica para usuários de pequeno porte. Deve ser considerada que esta viabilidade é dependente da realização de um projeto que analise as variáveis do local e as especificações do equipamento que será instalado e disso depende a eficiência da produção da energia. Uma gestão sustentável nas empresas não só trás vantagens competitivas no mercado como também aumenta a eficiência e o lucro das organizações.



A "comida da roça" ontem e hoje : um estudo etnográfico dos saberes e práticas alimentares de agricultores de Maquiné (RS)
Autor: Ramos, Mariana Oliveira
Link:
http://hdl.handle.net/10183/11918

Resumo:
A partir do registro etnográfico do cotidiano e de memórias relacionadas à alimentação de famílias de agricultores do município de Maquiné, litoral norte do Rio Grande do Sul, foram identificadas mudanças ocorridas na alimentação desses grupos nos últimos 30 anos. Para tal, foram utilizados como instrumentos de pesquisa: observação participante, diário de campo, registros fotográficos, entrevistas coletivas e histórias de vida. Como resultados, o trabalho aborda diferentes aspectos da comida para a família no mundo rural, ontem e hoje. Um primeiro aspecto diz respeito à redução da produção para o autoconsumo e da diversidade de alimentos consumidos, evidenciadas pelo abandono de cultivos (como do arroz e do trigo), pela substituição de sementes (caso do milho, cuja semente híbrida não faz “farinha boa”), pela redução no consumo de milho e de tubérculos (como o cará e o inhame), pelo aumento no consumo de carnes (especialmente de gado) e, sobremaneira, pelo aumento da participação da comida de mercado no cardápio cotidiano das famílias, o que ilustra dimensões do processo de modernização da agricultura e da alimentação de famílias locais. Além de mudanças em aspectos materiais da alimentação, a análise dos dados também explorou as relações entre comida, identidade e sociabilidade, para as quais participaram dados de duas festas do município etnografadas: a Festa da Polenta (“festa típica” do município) e a Festa de São José (festa tradicional da comunidade do Pinheiro). Nesse sentido, contradições na valorização de alimentos que carregam o símbolo do rural foram evidenciadas. Agricultores com distintas trajetórias de vida exprimem percepções também distintas em relação à auto-suficiência alimentar e a um passado em que esta não era uma questão de escolha, mas sim de sobrevivência. Ao sugerir que a comida da cidade é fraca sem que isso implique em uma recusa dos alimentos industrializados, que também são consumidos pelas famílias, os agricultores revelam a percepção de fronteiras entre os espaços rural e urbano, delimitadas por saberes, práticas e valores próprios de uma tradição rural que permanece.Por fim, um último aspecto da comida investigado identifica critérios locais que participam da escolha e classificação dos alimentos, delineando uma noção de comida boa fortemente relacionada a qualidades atribuídas à comida do gasto, como a força e a pureza. Assim, ainda que simbolize um passado áspero e severo para alguns, ou em alguns momentos, a produção para o autoconsumo também representa o acesso a um alimento de qualidade para essas famílias, chamando a atenção para seu significado do ponto de vista da segurança alimentar e nutricional nesses grupos rurais. O estudo finda apresentando a comida da roça a partir de elementos materiais e simbólicos que a compõem atualmente e que abarcam elementos de mudança social, salientando a relevância dos saberes e práticas alimentares na conformação do rural e da agricultura familiar hoje.



Diversificação dos meios de vida e mercantilização da agricultura familiar
Autor: Perondi, Miguel Angelo
Link:
http://hdl.handle.net/10183/11009

Resumo:
Num contexto de estresse ambiental decorrente da estiagem de 2005, crise econômica em função da baixa renda das ocupações e crise social sinalizada pela diminuição da população de uma região produtora de commodities agrícolas e, partindo-se do pressuposto que o desenvolvimento rural resulta da capacidade de diversificação econômica dos agricultores familiares, formulou-se a seguinte questão: “A dependência na produção de commodities agrícolas reduz a capacidade de diversificação da agricultura familiar e, consequentemente, sua sustentabilidade?” Se a resposta for afirmativa, então “Como o processo de mercantilização interfere na capacidade de diversificação dos meios de vida no meio rural?” O município de Itapejara d’Oeste - região Sudoeste do Paraná – reune as favoráveis condições de pesquisar esta questão, pois, além de apresentar predominância das commodities agrícolas na economia local, possui potencial para desenvolver a pluriatividade intersetorial e a agregação de valor no meio rural.Esta pesquisa permitiu identificar a composição da renda agrícola, extra unidade de produção agrícola e não-agrícola, estimar a diversidade da renda e a sustentabilidade dos meios de vida no meio rural, tipificar e avaliar as trajetórias de diversificação dos agricultores familiares. Concluiuse que a renda foi maior nas famílias com mais diversidade; que uma maior diversidade de renda corresponde a um meio de vida rural mais sustentável; e que as famílias que agregam valor e¤ou são pluriativas possuem uma renda maior e um meio de vida mais sustentável que as famílias que lidam somente com commodities agrícolas e¤ou são beneficiadas pela assistência social. Por fim, foi possível perceber algumas prováveis transformações da agricultura familiar do município e região.



Estudo etnobotânico das plantas medicinais na cultura ítalobrasileira no Rio Grande do Sul
Autor: Koch, Virginia
Link:
http://hdl.handle.net/10183/1814

Resumo:
Através do Estudo Etnobotânico realizado em uma comunidade de imigração italiana do município de Riozinho/RS, resgatou-se conhecimentos sobre práticas de cultivo e divisão de trabalho dentro do contexto da agricultura familiar, através de entrevistas com as 40 famílias que formam a mesma. Esta metodologia permitiu a criação de um modelo de “Horto” para o cultivo de plantas medicinais em escala comercial, onde foram cultivadas e avaliada a produtividade de 21 espécies. A interação agricultores e pesquisadores permitiu validar as técnicas de manejo e a força de trabalho familiar existentes na comunidade. As avaliações feitas sobre o rendimento das plantas medicinais cultivadas mostram que estes são compatíveis com as expectativas dos rendimentos comerciais. O conjunto dos dados permite concluir que o cultivo de plantas medicinais dentro deste modelo proposto é viável para a agricultura familiar na referida comunidade.


- Veja também:
Comunidades em Clima subtropical
Informática Sustentável

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...